Diversão e Arte

Momentos memoráveis marcaram as premiações da entrega do Oscar

O momento mais famoso foi quando Marlon Brando enviou uma mulher chamada Sacheen Littlefeather para receber seu prêmio de melhor ator por "O Poderoso Chefão", em 1973

postado em 28/02/2014 14:10
De vencedores chorando copiosamente até protestos políticos e a invasão de "streakers" (pessoas correndo nuas pelo palco), o Oscar já viu de tudo - e a cerimônia do próximo domingo (2/3) pode trazer novos acontecimentos bizarros.

Mas os organizadores da maior festa de Hollywood estão apreensivos porque atitudes inesperadas podem irritar telespectadores ou quebrar a imagem do evento, rigorosamente planejada.

Com uma audiência de milhões de pessoas, a tentação de usar a premiação como plataforma para discursos políticos já foi irresistível para alguns.

O Kodak Theater foi tomado por vaias quando o polêmico diretor Michael Moore criticou o então presidente dos Estados Unidos George W. Bush pela recém-iniciada Guerra do Iraque, em 2003, ao ganhar o Oscar de Melhor Documentário por "Tiros em Columbine". Mas o documentarista não foi o primeiro a tornar a cerimônia da Academia em um palanque político.



Sem dúvidas, o exemplo mais famoso foi quando Marlon Brando enviou uma mulher chamada Sacheen Littlefeather para receber seu prêmio de melhor ator por "O Poderoso Chefão", em 1973.

Vestida de índia, Littlefeather protestou contra o tratamento que a indústria cinematográfica dava aos povos nativos do país.

Quatros anos mais tarde, Vanessa Redgrave causou surpresa ao agradecer seu Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por "Julia" apesar das "ameaças de um pequeno grupo de bandidos sionistas", recendo vaias da plateia.

O apresentador daquele ano, Paddy Chayefsky, não deixou de criticar: "Estou cansado de pessoas usando o prêmio da Academia para divulgar suas opiniões".

"Gostaria de sugerir à senhora Redgrave que o fato de ela receber um Oscar não é um momento crucial na história, e que por isso um pronunciamento não é necessário, um simples ;obrigado; teria sido suficiente", declarou, sendo muito aplaudido.

As decisões sobre o destino da estatueta também geram polêmicas.

A escolha de premiar o diretor Elia Kazan pelo o conjunto de sua carreira, em 1999, dividiu os convidados. Muitas pessoas se recusar a até mesmo aplaudir, protestando contra a cooperação do cineasta ao macartismo dos anos 50, uma "caça as bruxas" aos comunistas.

Nudismo e beijos

Mas nem só de política vive o Oscar. Em 1974, uma homem pelado passou correndo pelo palco, fazendo um sinal da paz. O elegante ator David Niven, que apresentava a cerimônia, comentou: "Não é fascinante que a única risada que aquele homem vai causar na sua vida é por tirar a roupa?".

Recentemente, o italiano Roberto Benigni foi até o palco pulando entusiasticamente entre as cadeiras para receber o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro, por "A Vida é Bela", em 1999.

No mesmo ano, Gwyneth Paltrow ficou marcada por receber o Oscar de Melhor Atriz aos prantos, por "Shakespeare Apaixonado".

Em 2003, o ator Adrien Brody surpreendeu os espectadores e a atriz Halle Berry ao beijá-la, enquanto ela apresentava o prêmio de Melhor Ator, vencido por ele, pelo filme "O Pianista".

Em 2011, a atriz Melissa Leo cometeu uma gafe ao falar um palavrão quando aceitou o Oscar de Melhor Atriz por "O Lutador".

No ano seguinte, Sacha Baron Cohen apareceu vestido como o personagem de seu filme "O Ditador", segurando uma urna que ele disse conter as cinzas do recém-falecido líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Il.

Ele deixou "acidentalmente" o recipiente cair no apresentador Ryan Seacrest, que ficou visivelmente irritado.

E o que acontecerá neste ano? Será preciso esperar até domingo...

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