postado em 01/03/2014 06:04
Certa vez, durante uma entrevista, Martinho da Vila foi questionado: ;Quantos sambas-enredo compôs durante a carreira?;. Ele não sabia responder. Mas a pergunta instigou o artista, que decidiu reunir num álbum as composições que ainda estavam na memória. Assim nasceu Enredo, novo disco do músico, com 14 sambas-enredos de sua autoria. A seleção inclui Carlos Gomes, o primeiro, criado para a agremiação Aprendizes da Boca do Mato, e A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo, o mais recente, composto para a Unidos de Vila Isabel ; escola campeã do carnaval de 2013, no Rio de Janeiro.
Também faz parte do álbum a música Raízes, que embalou a Vila Isabel no desfile de 1987 e que tem algumas curiosidades: além de ser um samba sem rimas, ele cita na letra Maíra, o ;deus supremo dos povos de raiz da terra Caiapó;. O nome da divindade é o mesmo da filha caçula de Martinho, que nasceu no ano daquele carnaval e participa desta faixa. ;O carnavalesco Max Lopes queria uma letra sobre índios. Daí, busquei algumas referências no livro Maíra, de Darcy Ribeiro, e a composição nasceu;, conta Martinho. ;A rima na música e na poesia não é obrigatória, mas não podem sentir falta dela. Se não, tem algo de errado. Lembro que ninguém percebeu que os versos não rimavam. Só foram notar tempos depois;.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.