Diversão e Arte

Em entrevista, Alceu Valença fala sobre carnaval e participações no cinema

Os gêneros frevo, maracatu, cabloquinha e cantigas são resgatados no novo álbum "Amigo da arte"

Adriana Izel
postado em 03/03/2014 08:34
O pernambucano retorna às telonas ainda neste ano em
Alceu Valença é a cara do carnaval de Pernambuco. Há muitos anos, o artista reserva a data para apresentações apenas no estado. Nem adianta convidá-lo para fazer show em outros locais, ele não aceitará. ;Não faço em outro canto;, encerra a discussão. Sendo um sinônimo da folia, os ritmos carnavalescos, consequentemente, estão entre os mais gravados por ele.

Ao longo da carreira, que começou em 1969 quando desistiu de ser advogado e jornalista, cantou frevo, maracatu, cabloquinha e cantigas, todos esses gêneros são resgatados no novo álbum Amigo da arte, lançado em 4 de fevereiro e disponível em sites de vendas on-line. A maior parte das músicas do CD fazem parte do repertório do projeto Asas da América, série criada pelo compositor Carlos Fernando (morto em setembro do ano passado) que reunia cantores de diferentes estilos para interpretar inéditas e clássicos do carnaval.

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O pernambucano retorna às telonas ainda neste ano em A luneta do tempo, como contou ao Correio. No entanto, detalhes sobre o longa ele ainda mantém em segredo. Sabe-se apenas que é uma obra sobre a identidade cultural do nordeste. Em breve, o artista deve divulgar informações sobre a obra nas redes sociais, as quais têm tido uma relação muito boa, como ele mesmo define. Aos 67 anos, o pernambucano agora também é um homem da internet.



Como surgiu a ideia de fazer um CD que resgata frevos, maracatus e cirandas?

Na verdade, é um sentido de resgate novamente porque tocar frevo é algo que sempre fiz. Participei, desde 1979, do projeto Asas da América, idealizado por Carlos Fernando. E eu me via em uma situação de que não poderia fazer um disco totalmente de carnaval enquanto o Asas estivesse acontecendo. Ficava impedido pela minha amizade com Carlos Fernando, que era o mentor do projeto. Mas, há dez anos, resolvi registrar tudo que havia gravado no projeto e botei na gaveta.

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Conte um pouco mais sobre o projeto.

O Asas da América foi o renascer desses estilos, principalmente do frevo. A indústria tinha acabado. Anos atrás, tocava muito frevo nas rádios, depois isso parou. Esse projeto trouxe uma nova chama ao carnaval de Pernambuco. Eu, Geraldo Azevedo e Elba Ramalho fomos os únicos a participar dez vezes até 1993. Mas o projeto também recebeu Lulu Santos, Fagner, Amelinha, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Fafá de Belém, Gal Costa, Maria Betânia, Moraes Moreira e outros grandes da música brasileira.

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