Há 18 anos, o jornalista e crítico musical Rodrigo Browne criou, numa rádio curitibana, o programa Samba de bamba, em que músicos convidados comentam a escolha dos sambas prediletos. Em 2013, Browne decidiu levar esse projeto para os palcos e, na próxima terça-feira, o trabalho desembarca em Brasília, na Caixa Cultural. Até dezembro, Marcos Sacramento, Moyseis Marques, Ana Costa, Dois Bicudos (Pedro Paulo Malta e Alfredo del Penho), Pedro Miranda, Maíra Freitas, Fabiana Cozza, Luiza Dionizio, Rodrigo Maranhão e Wilson das Neves interpretam canções que fazem parte de suas memórias afetivas.
;O repertório ficou a cargo de cada artista, pois confio muito neles. A ideia era deixá-los à vontade;, diz o coordenador e curador do evento. ;O mais bacana é que eles comentam curiosidades sobre as composições que estão interpretando e o porquê da escolha daquelas músicas. É uma maneira de o público conhecer mais o processo criativo de cada um e a própria história do samba.;
Marcos Sacramento abre a programação do Samba de bamba que, a cada mês, terá uma atração diferente. ;Quis a presença de artistas de uma geração surgida após a revitalização da Lapa carioca. Mas não foram escolhidos apenas cantores do Rio de Janeiro. Há representantes de Minas Gerais e São Paulo também;, conta. O elenco dos shows no Paraná é praticamente o mesmo da capital federal. As únicas alterações foram o Quinteto em Branco e Preto, grupo paulista que encerrou as atividades, e a cantora Teresa Cristina, impedido de participar por conflitos na agenda. No lugar deles, vieram os cariocas Luiza Dionizio e Rodrigo Maranhão.
;A segunda edição do projeto está acontecendo em Curitiba e também quero trazê-la para Brasília. Há outras atrações, como os mineiros Aline Calixto e Alexandre Rezende, sobrinho-neto de Ary Barroso;, avisa Browne. ;Certamente, hoje, temos poucos artistas que mantêm sua obra no samba tradicional, sem fazer concessões às gravadoras. É essa turma que estou levando para o evento, que também tem o diferencial de ser em teatro, um local em que há mais contemplação da letra e da música. Nas casas de shows, as pessoas estão conversando e bebendo, e nem sempre dão atenção ao artista.;
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