postado em 10/03/2014 08:14
O diretor José Padilha está desarmado. O responsável por uma das maiores bilheterias do cinema brasileiro no período pós-retomada, com Tropa de Elite 1 e 2, pode não estar encontrando a veia do sucesso de público apresentando a nova personificação do policial do futuro, o Robocop. O filme policial tocado por uma equipe de brasileiros ; Padilha é o diretor, Lula Carvalho fez a fotografia e Daniel Rezende foi o responsável pela montagem ; ainda não disparou nas bilheterias. Nesta primeira incursão em Hollywood, o cineasta de 46 anos tentou quebrar alguns dos paradigmas dos filmes remakes, continuações ou estrelados por heróis superequipados. ;É um filme em que o protagonista só é apresentado depois de 11 minutos e tem um vilão nada caricato. Além disso, discutimos política externa norte-americana por meio da autorização do uso de drones dentro e fora dos Estados Unidos;, ressaltou.
E, segundo Padilha, foi ele próprio a sugerir o tom político do filme. ;Se politizamos demais o filme, você pode afastar as audiências de direita. As pessoas que apostam no filme precisam saber se o filme vai render. Consegui fazer o filme político como eu queria, embora não tivesse o controle total. Os estúdios subestimam o público. O público está se mostrando mais inteligente. Por sorte, havia um filme complexo que poderia ser feito;, explicou. Na película estrelada por Michael Keaton, Joel Kinnaman, Gary Oldman e Samuel L. Jackson, a dúvida do Congresso estadunidense é se deve ser aprovado ou não o uso de robôs especializados no combate à violência e a quantidade de sentimentos humanos podem ser inseridos em uma máquina. No meio deste imbróglio congressista, a consciência do policial Alex Murphy, ferido em uma explosão, é inserida dentro de um corpo artificial.
;Sou paciente;
As razões para o tropeção do policial-robô nas bilheterias de casa foram apontadas pelo próprio diretor. ;Nós estreamos durante a grande nevasca, exatamente no Dia dos Namorados (nos EUA a data é comemorada em 14 de fevereiro). Quer dizer, não é um filme que atraia casais apaixonados;, comentou. ;Mas eu aprendi a ser paciente e esperar os resultados. Em Tropa de elite, eu fui chamado de gênio, depois de fascista, depois eu não era mais fascista e por aí vai; O importante é esperar;, reconheceu durante coletiva de imprensa de lançamento do filme.
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