Usuários da Rodoviária do Plano Piloto foram os primeiros a conferir, no último dia 15. Oito bailarinos da companhia ; sete alunas, Danny o único homem ; bailaram o gênero espanhol no corredor de acesso ao metrô, na plataforma inferior da estação. ;Não sabíamos como seria a recepção das pessoas. Se parariam ou só passariam, se teríamos público;, lembra Patrícia sobre a expectativa.
A resposta veio em aplausos ao fim da apresentação, de 45 minutos. ;Pararam, assistiram, gostaram;, orgulha-se a idealizadora. ;Um rapazinho, de uns 15 anos, foi o primeiro a chegar. Quis assistir deitado nos bancos e não deixava ninguém ficar na frente.; Finda a performance, uma mulher chorou e entregou flor ao coreógrafo. ;Ela disse ter ficado muito emocionada. A dança toca as pessoas.;
Sem saber, os passantes ajudaram a dar tração à iniciativa, financiada pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC). ;Estávamos esperando para fazer como era. Queremos continuar, tentaremos fazer em todas estações. Vamos entrar, agora, com outro projeto;, antecipou a diretora da companhia. Cumprido o plano, o Flamenco chegaria aos 24 pontos de espera, por onde já circularam 600 mil pessoas em um dia.
Quatro paradas seriam visitadas por projeto, como na primeira leva, planeja Patrícia. No sábado, a companhia apresentou-se no ponto da Feira do Guará, com dez bailarinos ; nove mulheres. A mudança no número deve-se às agendas dos dançarinos. Amanhã, a trupe desembarca na Praça do Relógio, em Taguatinga; Ceilândia Centro fecha a agenda, como última estação, em 5 de abril.