Camila Souza
postado em 30/03/2014 08:00
[VIDEO1]O produtor paulista Pena Schmidt foi pioneiro em enxergar o potencial da Chico Science & Nação Zumbi. O contrato da sua pequena gravadora, a Tinnitus, foi o primeiro a chegar nas mãos de Francisco de Assis França. Certamente, ele não sabia que os cerca de quinze músicos que subiam aos palcos improvisados no Recife e em Olinda estavam gestando a que seria uma das maiores bandas da música brasileira. E que o álbum que tentava bancar seria considerado, décadas depois pelos críticos da revista Rolling Stone Brasil, um dos 100 mais importantes da história, na 13; posição.
A Tinnitus não fechou com a CSNZ. Enquanto pesava prós e contras, a banda recebeu um contrato de R$ 40 mil pelo selo Chaos, da Sony Music. E, semanas depois, em outubro de 1993, começava a criação de Da lama ao caos ; que completa 20 anos de lançado neste mês de abril. A troca de assinaturas com a gravadora garantiu um adiantamento em dinheiro importante. Foi com ele que o guitarrista Lúcio Maia e o contrabaixista Dengue compraram os primeiros bons instrumentos. E não foi a única mudança.
A Nação Zumbi que, a cada show, tinha um músico diferente do Lamento Negro, grupo de Peixinhos, em Olinda, foi reduzida à primeira formação oficial: Jorge Du Peixe, Gilmar Bola 8 e Gira, nas alfaias; Canhoto, no caixa, e Toca Ogan, na percussão. Liderada por Chico, a banda hospedou-se em um apartamento em Copacabana, no Rio de Janeiro, e encarou ; por um mês ; uma rotina de 12 horas, de segunda a sábado, no estúdio Nas Nuvens.
O produtor dos sonhos da CSNZ era o guitarrista norte-americano Arto Lindsay, mas a Sony escalou o contrabaixista Liminha, dos Mutantes, dono do Nas Nuvens. ;Arto representava a cultura pop e conhecia bem o linguajar de Pernambuco, por ter morado em Garanhuns. Mas Liminha acrescentou o que Arto não poderia, pela experiência em estúdio. Soube tirar leite de pedra;, opina Dengue.
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