Diversão e Arte

Escritores debatem sobre relação entre cultura e regime militar na Bienal

Eduardo Galeano, Mário Magalhães, Xico Sá e Ana Maria Bahiana conversaram sobre o golpe de 1964 e a Copa do Mundo no Brasil

postado em 14/04/2014 08:48
O escritor uruguaio Eduardo Galeano arrancou aplausos da plateia com suas reflexões sobre a relação tensa entre o futebol e a política
Duas temáticas têm dominado os debates da II Bienal Brasil do Livro e da Leitura: o esporte, tendo em vista que a Copa do Mundo ocorre no Brasil daqui a algumas semanas; e o aniversário de 50 anos do golpe militar instaurado no país em 1964. Aberta ao público no sábado, a feira literária, que acontece até 21 de abril no canteiro central da Esplanada dos Ministérios, recebeu, neste fim de semana, os escritores Ana Maria Bahiana, Sérgio Rodrigues, Xico Sá e Mário Magalhães. Cada um à sua maneira contribuiu para o aprofundamento das questões centrais.

[SAIBAMAIS]Um dos nomes mais aguardados da Bienal, o escritor uruguaio Eduardo Galeano participou, na tarde de ontem, do debate Futebol e Ditaduras na América Latina, ao lado de Lúcio de Castro, Mário Magalhães e Rodrigo Merheb. Galeano, que é um dos homenageados desta edição do evento, reuniu uma multidão para assisti-lo. Havia pessoas sentadas ao chão e olhando pelas frestas das tendas para acompanhar o que o autor de As veias abertas da América Latina tinha a dizer.



Ao falar sobre a relação entre futebol e ditadura, Galeano lembrou que, ainda hoje, o mundo está dominado por uma série de regimes totalitários. ;E nem todas são militares;, sublinhou, citando a Federação Internacional de Futebol (Fifa) e sendo amplamente aplaudido. ;Se não fosse uma ditadura, os jogadores não seriam tratados como coisas, mas como pessoas de respeito;, completou.

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