Diversão e Arte

Alto faturamento atrai empresas de tecnologia para o mercado das séries

Em 2013, o serviço do site Netflix faturou US$ 1,18 bilhão com uma audiência mundial de 44 milhões de assinantes

postado em 22/04/2014 08:02
O sucesso e o alto faturamento publicitário do seriado
O sucesso de produções como House of cards e Orange is the new black mexeu com o mercado do entretenimento. Além do conteúdo e das atuações, as gigantes do setor de tecnologia estão de olho no lucrativo modelo aperfeiçoado pelos produtores e executivos do Netflix. A primeira a entrar no novo negócio foi a especialista em vendas on-line Amazon. Agora, ela recebe a companhia do Yahoo. O site de buscas está à procura de roteiristas para uma produção própria, da AOL e da Microsoft.

Os executivos da companhia, revela o The Wall Street Journal, pretendem pagar cerca de um milhão de dólares por episódio de uma nova série. Inicialmente, a produção teria 10 capítulos (totalizando um investimento aproximado de US$ 10 milhões). No entanto, a depender do sucesso, esse número poderá ser estendido.



O alto investimento é facilmente compensado pelo lucro. Em 2013, por exemplo, o Netflix faturou US$ 1,18 bilhão, com uma audiência mundial de 44 milhões de assinantes. Os diretores da empresa apontaram as duas séries originais (House of cards e Orange is the new black) como os principais motores deste sucesso. Em 2014, com outras produções próprias (caso de Um drink no inferno) e as sequências dos títulos consagrados, o serviço de streaming passa a fazer frente à televisão tradicional.

Novos concorrentes

;O sucesso das séries é comparável ao de programas similares na tevê a cabo, o que as torna muito atrativas para os publicitários e estabelece uma alternativa viável ante a propaganda televisiva;, disse em entrevista Charles Gabriel, diretor de vídeo da AOL. O grupo acaba de renovar quatro seriados, incluindo um documentário sobre balé em Nova York produzido por Sarah Jessica Parker, de Sex and the city.

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A Amazon é, atualmente, a principal concorrente do mercado. Com Alpha house, uma comédia política que se passa no Senado dos Estados Unidos, a empresa testou o modelo e parece ter gostado. Na última semana, foram aprovados seis programas. Os destaques são o drama The after, do criador de Arquivo X, Chris Carter, e a comédia Mozart in the jungle (Mozart na selva, em tradução livre) ;, que terá os atores Gael García Bernal e Malcolm McDowell no elenco.

Outra candidata é a Microsoft. O grupo fundado por Bill Gates pretende criar seriados exclusivos para os usuários do console da marca, o Xbox One. Recentemente, a empresa anunciou o lançamento da série de ficção científica Humans ; coproduzida pelo canal britânico Channel 4. No entanto, a jogada mais audaciosa será uma produção baseada no game Halo. O projeto terá o cineasta e produtor Steven Spielberg no comando.

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