postado em 27/04/2014 06:00
À altura do Estádio Nacional Mané Garricha, Bento Viana manda que o piloto do helicóptero toque para o Palácio da Alvorada. ;Corre, precisamos pegar essa luz.; Em trânsito bom, a viagem toma dez minutos, mas a abordo da aeronave, a 300 metros do solo, o trajeto cumpre-se em dois. Câmera em mãos, o fotógrafo flagra a obra, colorida pelo entardecer brasiliense, em ângulo disponível apenas no ar.
Em voos do tipo, nos últimos dois anos, Viana registrou a capital da República de modo inédito. O resultado dos cliques ocupa as páginas do livro Do Céu, Brasília (R$145), lançado neste mês. Parte do material está disponível, no site do autor. Ao todo, foram 38 mil capturas. Delas, o autor pinçou 200 para a publicação ; 48 delas ficam expostas no Espaço Gourmet do Park Shopping até o próximo domingo.
Em 2012, o ofício chegou aos céus pela primeira vez. Por 21 dias, nos quais voou 50 horas, Viana registrou pontos do Distrito Federal, em helicóptero alugado, para livro encomendado pelo governo local. Distribuída pela Assessoria de Relações Internacionais do GDF, a publicação chegou às mãos de autoridades como Barack Obama e príncipe William, segundo o fotógrafo. Entregue o trabalho, o carioca seguiu a voar, agora com foco em material próprio: considera Do Céu, Brasília a primeira obra dele.
Todo a coleta levou Viana a chegar a 100 horas de voo. Do tempo no ar, surgiu intimidade com a paisagem. ;Descobri que Brasília tem 365 dias de luz diferente. Às vezes, passava em um lugar às 6h e, no dia seguinte, no mesmo horário, a luz era diferente. Bastava comparar nas fotos;, detalha.;Ao longo do projeto, fui vendo como as coisas funcionavam. Para certos lugares, fui de três a quatro vezes, para encontrar o melhor ângulo. Sobrevoei a Esplanada, por exemplo, de 10 a 20 vezes.; O apuro no olhar garantiu o registro do entardecer na alvorada, foto que estampa duas das 320 páginas do impresso.
O gosto por voar apertou o prazo da designer e da curadora. ;Pediram que eu parasse. Toda vez eu descobria algo novo;, brinca ele, que decolou pela última vez a um mês da estreia. Só cinco fotos são do projeto anterior. ;Meu desejo é mostrar uma Brasília desconhecida mesmo para os brasilienses. A cidade é exposta, fora, por escândalos de corrupção, mas é belíssima: a única projetada, construída e tombada em menos de 100 anos. Quero encantar pessoas, relevar essa cidade oculta, a nossa capital.;
Outros projetos entram no foco do autor, passada série de eventos do lançamento do livro. Dos milhares de cliques, dados em voos de duas a três horas, restou vasto acervo ainda inédito.;É muito prazeroso construir um livro. Ano que vem, quero publicar outro, com o Entorno de Brasília;, revela ao Correio. Entre as paisagens já capturadas, estão pontos da Chapada dos Veadeiros e Pirenópolis.
Também na esteira, publicação prestará tributo a Oscar Niemeyer. ;Pretendo fazer, ainda neste ano, um livro com as obras dele pelo país;, adiantou. Serão coletadas, conforme o projeto, monumentos com a escultura do arquiteto em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Minas Gerais. ;Há, por exemplo, uma miniapoteose dele em São Luís do Maranhão, antes de uma feita no Rio;, acrescenta.
Em voos do tipo, nos últimos dois anos, Viana registrou a capital da República de modo inédito. O resultado dos cliques ocupa as páginas do livro Do Céu, Brasília (R$145), lançado neste mês. Parte do material está disponível, no site do autor. Ao todo, foram 38 mil capturas. Delas, o autor pinçou 200 para a publicação ; 48 delas ficam expostas no Espaço Gourmet do Park Shopping até o próximo domingo.
Em 2012, o ofício chegou aos céus pela primeira vez. Por 21 dias, nos quais voou 50 horas, Viana registrou pontos do Distrito Federal, em helicóptero alugado, para livro encomendado pelo governo local. Distribuída pela Assessoria de Relações Internacionais do GDF, a publicação chegou às mãos de autoridades como Barack Obama e príncipe William, segundo o fotógrafo. Entregue o trabalho, o carioca seguiu a voar, agora com foco em material próprio: considera Do Céu, Brasília a primeira obra dele.
Todo a coleta levou Viana a chegar a 100 horas de voo. Do tempo no ar, surgiu intimidade com a paisagem. ;Descobri que Brasília tem 365 dias de luz diferente. Às vezes, passava em um lugar às 6h e, no dia seguinte, no mesmo horário, a luz era diferente. Bastava comparar nas fotos;, detalha.;Ao longo do projeto, fui vendo como as coisas funcionavam. Para certos lugares, fui de três a quatro vezes, para encontrar o melhor ângulo. Sobrevoei a Esplanada, por exemplo, de 10 a 20 vezes.; O apuro no olhar garantiu o registro do entardecer na alvorada, foto que estampa duas das 320 páginas do impresso.
O gosto por voar apertou o prazo da designer e da curadora. ;Pediram que eu parasse. Toda vez eu descobria algo novo;, brinca ele, que decolou pela última vez a um mês da estreia. Só cinco fotos são do projeto anterior. ;Meu desejo é mostrar uma Brasília desconhecida mesmo para os brasilienses. A cidade é exposta, fora, por escândalos de corrupção, mas é belíssima: a única projetada, construída e tombada em menos de 100 anos. Quero encantar pessoas, relevar essa cidade oculta, a nossa capital.;
Outros projetos entram no foco do autor, passada série de eventos do lançamento do livro. Dos milhares de cliques, dados em voos de duas a três horas, restou vasto acervo ainda inédito.;É muito prazeroso construir um livro. Ano que vem, quero publicar outro, com o Entorno de Brasília;, revela ao Correio. Entre as paisagens já capturadas, estão pontos da Chapada dos Veadeiros e Pirenópolis.
Também na esteira, publicação prestará tributo a Oscar Niemeyer. ;Pretendo fazer, ainda neste ano, um livro com as obras dele pelo país;, adiantou. Serão coletadas, conforme o projeto, monumentos com a escultura do arquiteto em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Minas Gerais. ;Há, por exemplo, uma miniapoteose dele em São Luís do Maranhão, antes de uma feita no Rio;, acrescenta.