Diversão e Arte

Promotores do sebo Dom Caixote levam acervo de obras a eventos ao ar livre

A livraria tem como objetivo marcar presença em feiras ou eventos de arte, música e gastronomia ao ar livre em Brasíli

Rebeca Oliveira
postado em 29/04/2014 08:40
O historiador Guilherme Cobelo, um dos criadores do sebo itinerante Dom Caixote: ocupação da cidade
Sexta-feira à noite. Uma passada no Piauí, na Asa Sul; outra no Beirute, na Asa Norte. Mas nada de boemia: apesar da presença em vários bares, o historiador da UnB Guilherme Cobelo não estava a passeio, mas oferecia clássicos e novos nomes da literatura nas mesa dos botequins. Entre copos de cerveja e muito peso sobre os ombros, o trabalho, realizado por 10 anos, lhe causou fortes dores nos braços. A saída para o problema nas articulações foi simples e criativa: caixotes de frutas se transformaram em estantes móveis. Assim, nasceu o sebo itinerante batizado de Dom Caixote, que tem como objetivo marcar presença em feiras ou eventos de arte, música e gastronomia ao ar livre em Brasília, ou em alguns cafés, como o Martinica (303 Norte) e Senhoritas (408 Norte).

;Estava conversando com o escritor Renato Fino e ele sabia do meu trabalho de vender livros na rua. Propus levar as obras para serem vendidas em seu café, na 408 Norte, uma vez por semana. Até que a Tâmara sugeriu os caixotes como suporte e comprei a ideia na hora;, recorda Guilherme Cobelo.

Banca

O casal enxergou nas feiras, que têm presença maciça do público, um mercado em potencial. Desde o mês de janeiro, entre discos de vinil, cupcakes e camisetas, é possível encontrar a banquinha de Guilherme e Tâmara com seus inúmeros exemplares, de novidades de autores locais, como a obra Polar (Sigraviva, a R$ 30), de Renato Fino, a títulos importados, como Fogo nas Entranhas (Dantes Editora e Livraria, a R$ 25), de Pedro Almodóvar.



O casal já nota a repercussão da Dom Caixote. Na última edição do Picnik, realizado no calçadão da Asa Norte em comemoração aos 54 anos de Brasília, a venda registrada foi quatro vezes maior do que nos tempos em que iam de bar em bar. ;Fazemos parte de um movimento que tem ganhado força em Brasília. Muita gente jovem está produzindo e criando seus próprios produtos, mas não são comerciantes a ponto de terem loja ou CNPJ;, afirma o historiador.

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