postado em 01/05/2014 08:07
;Escutei o Júnior tocando no Japão. Ou seja, ele já saiu de casa há muito tempo. Pertence ao mundo. Mas, como mãe, claro que doeu um pouco. Como se levassem um pedaço do meu filho;, comentou Dona Carminha, ao falar sobre a ida do acervo de Renato Russo para o Rio de Janeiro. Há algumas semanas, Giuliano Manfredini, filho de Renato, alugou um pequeno avião e saiu da capital federal com o restante dos objetos pessoais do pai, que ainda ocupavam a casa da avó.
Apesar do tom de despedida, a matriarca da família Manfredini apoia o gesto do neto, que pretende montar uma exposição itinerante com parte do acervo e rodar o país em 2016. ;Ele (Giuliano) está no caminho certo. Meu sentimento foi coisa de mãe. Mas entendo a vontade dele. É um carinho com os fãs. Há muito tempo, aprendi a dividir o Renato com os demais;, disse.
Em entrevista ao Correio, Giuliano confirmou a exposição: ;O primeiro passo foi reunir todo o material em um só lugar, no caso no apartamento do meu pai no Rio de Janeiro. A partir daí, começaremos o trabalho de tratamento profissional, que inclui catalogação, recuperação, higienização e digitalização;, revelou. Ele aproveitou para sanar algumas dúvidas, como a expectativa de que um museu dedicado a Renato Russo seria aberto na capital carioca: ;Não confere;, garantiu.
Em tom poético, Giuliano disse haver somente um local em homenagem ao pai: ;Brasília é a única cidade que realmente tem um museu do meu pai a céu aberto;. A transferência do acervo não findou a ligação de Giuliano com os brasilienses, pelo contrário. ;A minha relação com Brasília é, e sempre será, de muito carinho, principalmente por ter minha família e grandes amigos aí. Além disso, mantenho um escritório da Legião Urbana Produções Artísticas na capital, com estrutura de atendimento de comunicação e parte do administrativo;, listou.
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