postado em 12/05/2014 08:10
Samuel teve a perna amputada. Layla perdeu o barraco e convive com o irmão, baleado quatro vezes. Paulinho foi preso. Diogo também. Alemão morou nas ruas. Markão foi alcoólatra. Todos fazem poesia. No rap, encontram a voz para descrever, contestar e propagar a realidade que os cercam. Em constante situação de risco e desprezados pelo poder público, esses artistas insistem na arte e se esquivam dos convites ao crime e às drogas. Alguns sucumbiram (e são muitos). Os que sobreviveram pagaram pelos erros e tentam conscientizar parceiros, colegas e seguidores com versos ritmados. Hoje, são referência onde moram: Samambaia, Ceilândia, Sobradinho, Varjão, Gama;
[SAIBAMAIS]O Correio visitou guetos, centros, casas e ruelas onde a cultura periférica reverbera com mais intensidade no DF. Locais nos quais a marginalidade, sempre à espreita, perde a batalha. Entre armas, drogas e mazelas irrefutáveis, esbarramos com poetas, anjos da rima. São estas as suas histórias.
;Na prisão, escrevi 11 músicas;
Na mesma semana, Diogo Loko encarou duas porradas. A primeira foi perceber que não tinha grana para ir a Belo Horizonte participar de uma batalha nacional de MCs (a competição envolve disputas de dois rappers fazendo rima na hora e avançando conforme a reação do público). A segunda, mais trágica, foi enterrar o pai.
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