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O som das pistas de dança voltou a ficar mais lento. Mas isso não significa o retorno das chamadas love songs ou baladas que tanto fizeram sucesso nos anos 1980 para o set list dos DJs. Na verdade, novas vertentes surgiram para ocupar esse espaço. São variantes de estilos musicais consagrados na noite como a música eletrônica, hip-hop e o funk, com a diferença de aparecerem nas festas com menos batidas por minuto, o que resulta em canções desaceleradas.
;Com a evolução dos fones de ouvido e dos sistemas de som, os produtores musicais passaram a amplificar cada vez mais essas frequências e descobriram que elas funcionam melhor ainda em uma velocidade mais baixa;, explica o DJ Antonio Marques. Mais conhecido na cena musical como Omulu, o produtor está entre os primeiros a fazer remixes do chamado rasteirinha, variação do funk. Ele é dono de P.A.T.R.Ã.O, uma versão da canção P.I.M.P de 50 Cent, Bagulho doido e Bola de meia.
Com 96 batidas por minuto (bpm) ; 34 a menos do que costuma ter o funk tradicional ; e influências do reggaeton e do axé, o ritmo ganhou ainda mais suíngue e sensualidade. ;É mais contagiante e sensual. Dá para rebolar e ainda dançar mais coladinho;, explica Omulu.
O gênero invadiu São Paulo e, aos poucos, está ganhando espaço por todo o Brasil e até pelo mundo. Sites internacionais repercutiram o surgimento do estilo, entre eles o Generation Bass, dos Estados Unidos, especializado nas novidades das pistas de dança. ;Lá fora está rolando uma cena forte do zouk bass, um ritmo que pode ser considerado primo do rasteirinha. Quando escutei as primeiras produções fiquei muito intrigado com a semelhança dos dois gêneros;, afirma o produtor, que não vê uma origem em comum entre os dois ritmos.
Ouça a canção P.A.T.R.Ã.O
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