Diversão e Arte

Rappers relatam as histórias e ideias que os tornaram referências nacionais

Japão, Rapadura Xique-Chico, Gog e X, do Câmbio Negro conversaram com o Correio sobre a carreira; confira

postado em 13/05/2014 08:31
Gog já lançou nove discos no mercado e rodou o país, inúmeras vezes, apresentando-se para plateias de até 100 mil pessoas
;Os empresários gananciosos, a burguesia racista, os políticos corruptos, a escória da sociedade querem o rap na periferia. Eles não querem que eu estude e me forme. Preferem manter nossas vozes, de contestação, bem distante. Para eles, nada pode ameaçar o que está estabelecido;, condenou X, do Câmbio Negro. Nem sempre ;eles; vencem. Por meio do rap, X carregou o Distrito Federal para o resto do país, transgrediu a periferia e pautou o cenário cultural. Com voz e letras pesadas, e uma dose de agressividade, o artista nunca deixou de ;pôr o dedo na ferida;.

Após o término do Câmbio Negro, no começo dos anos 2000, Alexandre Tadeu, o X, preferiu uma vida reclusa e de pouca interação com a mídia. Nem por isso deixou de acompanhar o hip-hop e, por vezes, brinda o público com raras aparições. ;A instabilidade financeira, a opção por um cotidiano mais tranquilo, um tempo maior com minha família, foram alguns dos fatores que me afastaram da cena;, revelou o artista, que recebeu o Correio em casa, na Ceilândia.

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Aos 45 anos, X leva uma vida comum. Foi segurança armado e, hoje, trabalha como motorista. ;Quero dar assistência à minha mãe, que cozinhou a vida inteira, e à minha tia, governanta da mesma família há 40 anos;, comentou. Apesar da origem humilde e da vivência em um dos mais violentos locais do DF, o rapper nunca se envolveu com a criminalidade, vizinha constante. ;Minha expressão sempre foi outra. Preferi o rap e pude denunciar a realidade de onde vivo. Criticar, para melhorar. Carreguei a Ceilândia.;

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