Diversão e Arte

Realidade dos rappers se torna objeto de estudo e apreciação

A cultura marginal é tema de pesquisas e publicação de livros sobre o assunto

postado em 13/05/2014 08:47
As pesquisadoras Laeticia Jensen (E) e Érica Peçanha ao lado do escritor marginal e ativista social Alessandro Buzo
Há alguns anos, a cultura do hip-hop parecia fadada a barreiras intransponíveis. Para escutar rap, era preciso recorrer a estações de rádio específicas, frequentar lugares determinados, buscar estabelecimentos temáticos. Em alguns cenários, era preciso ;subir o morro;.

A democratização do panorama cultural, a expansão dos veículos virtuais, aliadas à força da poesia contundente de Gog, Japão, X, Criolo, Emicida e Flora Matos, apenas para citar alguns, permitiu que a periferia invadisse outros cantos e seduzisse uma parcela da sociedade que, até pouco tempo, virava a cara para o movimento. Uma visão deturpada e preconceituosa mantinha a cultura marginal restrita às vielas das favelas. Não mais.



[SAIBAMAIS]O poder da transgressão e as reações sociais desencadeadas pelo rap foram parar não somente em todas as camadas da sociedade, mas até mesmo em ambientes tradicionalmente austeros e formais, como a academia, que se rendeu ao tema. ;Um dos papéis da universidade é dar visibilidade a fenômenos artísticos, sociais e históricos, por meio da inclusão desses fenômenos nos currículos de cursos e pesquisas. Assim, mesmo que paulatinamente, há diversos acadêmicos interessados em investigar os desdobramentos estéticos e políticos do rap;, revela a antropóloga e pós-doutoranda pela Universidade de São Paulo (USP) Érica Peçanha, cuja pesquisa se debruça sobre a cultura periférica.

A colega pesquisadora e doutoranda Laeticia Jensen Eble, que desenvolve na Universidade de Brasília (UnB) um denso estudo sobre o assunto, acredita que ;o interesse pelo rap reside, em especial, no fato de representar uma voz até então silenciada na nossa cultura;.

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