O desencanto tem sido um companheiro para o escritor André Sant;anna e boa parte desse sentimento está nas crônicas e nos contos de O Brasil é bom, recém-lançado pela Companhia das Letras. Na primeira parte, abrigados sob títulos irônicos como O Brasil não é ruim, Amando uns aos outros e Comentário na rede sobre tudo o que está acontecendo por aí, estão os contos nos quais o autor não dispensa a linguagem escrachada para tratar das mazelas brasileiras.
Na segunda parte, um misto de novela e contos permeados pelo mesmo personagem, um George Harrison bem brasileiro e um tanto autobiográfico, é mais ameno, mas não menos irônico. Futebol, rock e revolução fazem parte do cardápio de temas abordados nos últimos cinco textos.
Filho do também escritor Sérgio Sant;anna e autor de O paraíso é bem bacana, livro que conquistou leitor e crítica em 2006 com a narrativa cacofônica sobre a trajetória de um jogador de futebol, André escreveu O Brasil é bom motivado por uma constatação."O maior problema do governo Lula foi ter forjado uma ideia de que o Brasil teria se tornado a maior das maravilhas. Eu não conseguia ver essa maravilha toda quando descia à rua e via a quantidade de crianças dormindo na calçada, enquanto esses carrões de vidro fumê andam sem respeitar as faixas de pedestres, os sinais fechados e as pessoas em geral", explica.
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