Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Espaço Cultural da 508 Sul completa 40 anos sem motivos de celebração

Os principais nomes da arte brasileira passaram pelos palcos do Galpão e do Galpãozinho



Entres as lembranças mais queridas, Margareth se recorda de uma visita especial. ;Dona Lúcia Rocha, em 2007, veio nos visitar e sentou-se em uma de nossas mesas. Pude, então, dizer a ela: ;Tenho muito orgulho de ter nascido no mesmo dia que o seu filho, Glauber Rocha;.;

Histórico

Antes de ter qualquer relação com as artes, o centro cultural da 508 Sul era um mero depósito. Daí o nome do teatro que ali nasceu, em 1974: Galpão. A atriz e antropóloga Iara Pietricovsky conhece bem esse enredo. Ela integrava o elenco da peça O homem que enganou o diabo e ainda pediu troco, primeiro espetáculo a ser encenado no novo espaço. ;Logo, tornou-se um dos maiores celeiros de produção cultural de Brasília;, recorda a veterana artista, que contabiliza mais de 60 peças no currículo.

Outro a bater pernas por aquelas coxias desde a fundação foi o dramaturgo, ator e diretor Neio Lúcio, um dos pilares do cenário cênico brasiliense. Neio apresentou à cidade dois eventos antológicos, que tomaram conta da 508 Sul: a Feira de Música, promovida com o sambista Carlos Elias, e o Jogo de Cena, uma iniciativa que persiste até os dias atuais, sob a coordenação do diretor James Fensterseifer.

Os palcos do Galpão e do Galpãozinho arrebataram todos. Fossem artistas de Brasília (Hugo Rodas, Irmãos Guimarães, Alexandre Ribondi, Guilherme Reis, Cássia Eller, entre eles), fossem nomes de fora (Cacilda Becker, Cleyde Yáconis, Paulo Autran, Nathalia Timberg, apenas para citar alguns). O ambiente parecia seduzir toda e qualquer alma.

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