Estado de Minas
postado em 10/06/2014 14:19
Que o R.E.M. é figura carimbada nas listas de melhores bandas dos anos 80/90 todo mundo sabe. Afinal seu repertório que inclui músicas como ;Losing my religion;, ;Everybody hurts; e ;Man on the moon; continua tocando e fazendo sucesso até mesmo entre as gerações mais novas.
Mas quem conhece apenas o lado mais acústico e comercial, deve atentar para o disco mais rock da banda, que em 214 celebra seu vigésimo aniversário. ;Monster; veio logo após ;Automatic for the people;, de 1992. Na época o R.E.M. já tinha status de banda grande, seus singles, a já citada ;Losing my religion; e ;Shiny happy people; tocavam com bastante frequência até nas rádios do Brasil. E quando todos esperavam mais um disco nos moldes do anterior, o que os americanos fazem? Plugam as guitarras, ligam as distorções, e fazem assim seu disco mais punk.
Se nos anteriores, ;Out of time; e ;Automatic for the people;, os violões e instrumentos diferentes como bandolim davam o tom, agora era a vez das guitarras assumirem o controle. A influência de ;Monster; pode se identificar como vinda desde os anos 60, das bandas proto-punk como MC5 e The Stooges, mas não se prendendo ao passado, também se nota que a convivência com a geração grunge fez bem a Michael Stipe e banda. A faixa ;Crush with eyeliner;, por exemplo, conta com participação de Thurston Moore, do Sonic Youth.
Provando que barulho pode sim fazer sucesso, ;Monster; estreou em primeiro lugar na Billboard americana, impulsionado pelo single ;What;s the frequency, Kenneth?;. E a versatilidade, um dos trunfos do R.E.M., provou-se mais uma vez competente. Como hoje em dia é moda ver discos sendo remasterizados com extras especiais em anos comemorativos, não seria de se espantar se Monster ganhasse uma reedição neste ano. Como diria Neil Young, o rock and roll nunca pode morrer.
Confira o clipe de ;What;s the frequency, Kenneth?;:
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