Diversão e Arte

"Adoro coadjuvantes", diz Milhem Cortaz, que encara protagonista no cinema

Além de personagens em novelas brasileiras, Milhem participou de Tropa de Elite e Assalto ao Banco Central

postado em 19/06/2014 06:02

Ator Milhem Cortaz em Fora de controle, série da Record

Já há algum tempo, o paulistano Milhem Cortaz perdeu aquela alcunha de ter uma feição familiar a muitos e, assim mesmo, não ser lembrado à primeira vista. Impulsionado pela extensa lista de coadjuvantes que interpretou no cinema nacional da década passada ; composta, na sua maioria, por vilões ;, o ator passou do reconhecimento aparente à fama significativa após dar vida a protagonistas recentes, tanto no cinema, quanto no teatro.


O eterno Capitão Fábio, de Tropa de elite, estrela o novo suspense do diretor Fernando Coimbra, O lobo atrás da porta. Na pele de Bernardo, típico cafajeste imerso num triângulo amoroso, e que de repente passa a encarar o sequestro da filha de 6 anos, o intérprete mostra mais uma das inúmeras facetas. Em entrevista ao Correio, Milhem Cortaz, que participou de quase 40 filmes e incontáveis curtas-metragens, contou um pouco sobre o envolvimento com as artes cênicas e sobre aspectos da vida.

Há algum tempo, você disse em uma entrevista que sempre quis fazer um pai para falar sobre responsabilidade. O Bernardo é o típico pai que você gostaria de fazer?

O Fernando Coimbra é um bom condutor, um diretor de muita delicadeza, muita precisão. Eu estava preparado para a trama de O lobo atrás da porta. Quando ele me convidou, minha filha tinha 2 anos de idade e sou casado há 15, tinha uma necessidade de falar de família. Caiu no meu colo de um jeito muito especial, estava preparadíssimo para contar essa história. Mas não queria que o Bernardo se transformasse num cafajeste, queria que fosse um homem comum.

Por que você não queria o Bernardo dessa forma?


Quando você faz um cafajeste, muita gente que assiste, sendo ou não um, diz que não se identifica com isso. Quando se é um homem comum, as pessoas se aproximam mais da história. Apesar disso, acho que esse é o melhor filme que já fiz.

Como você enxerga a fase atual, quando passou a fazer protagonistas, deixando os papéis secundários um pouco de lado?


Adoro os coadjuvantes. Adoro. Mas de um tempo para cá, deu vontade de exercitar um pouco esse protagonismo. Mas, para te falar a verdade, também não ligo muito para personagens, ligo, sim, para boas histórias. Se estou com vontade de contar aquela história, vou fazer alguma coisa no filme. Igual a mim, tem um monte, mas já que tenho a sorte de ocupar esse espaço, faço com dignidade.

Confira o trailer de O lobo atrás da porta:
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