Ricardo Daehn
postado em 01/07/2014 08:26
Torcedor inveterado da Seleção Brasileira, o mais carioca dos cineastas mineiros, Neville D;Almeida dá a entrevista embrulhado no protuberante orgulho da camisa verde-e-amarela que veste. ;Sou totalmente envolvido com futebol;, assume, aos 73 anos. Gato escaldado, porém o artista sabe fazer tabelinha com a devida cautela, ao acompanhar o time canarinho. A estampa dos dizeres no uniforme, não deixa dúvida: ;O Brasil não é para principiantes;.
;Acho que o Brasil só tem um problema: é o técnico. No esporte, não se pode ;ser família;. Esse conceito está errado: deixa os jogadores tensos e nervosos. Há fragilidade emocional no ser humano. Tudo isso é muito perigoso: os atletas ficam muito ansiosos, com medo que ;o pai; vá destituir alguém do cargo. Esporte é capacidade, é habilidade ; esporte é como arte: não é a disciplina que manda;, opina.
[SAIBAMAIS]Nas veias do diretor que vem para Brasília, pela celebração de sua obra nas salas do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), pulsa a animação constante por rupturas. O entusiasmo segue a proporção por novidades. ;Estava nos Estados Unidos, agorinha, e vi como está crescendo o futebol por lá; o que acho uma coisa maravilhosa. Os jornais até estamparam a notícia de que a audiência deles, com a Copa, foi superior à da final da NBA!”, empolga-se. ;Maravilhoso; é o adjetivo encontrado para ele definir o ;clima de Brasil; passado pela Seleção. ;Jogadores como o Marcelo, Daniel Alves, Neymar destacam a alegria. Eles são realmente o que o Brasil é. Gosto também de ver o Júlio César bem prestigiado. Vamos ver se conseguimos: estamos lutando, mas é difícil, com essa liderança;, analisa.
Neville D;Almeida ; Cronista da beleza e do caos
Centro Cultural Banco do Brasil (SCES Tr. 02, Lt. 22; 3108-7600). Mostra até 20 de julho. Quarta, às 18h30, exibição de Jardim de guerra (16 anos, 90min) e Mangue-bangue (18 anos, 55min), às 20h30. Dia 17 de julho, palestra, às 20h, com presença do diretor, do curador Mário Abbade e do editor do Correio José Carlos Vieira. Ingressos, R$ 4.
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