postado em 02/07/2014 08:55
Sob a luz de importantes holofotes, um brasileirinho há pouco conquistou o mundo. O episódio vitorioso ocorreu sobre o palco de um anfiteatro improvisado numa vasta área do município francês de Annecy, longe dos gramados tropicais e do tema futebol. A criança construída por Alê Abreu sobre traços simples, com giz de cera, lápis de cor, caneta bic e outras técnicas, protagonista do longa-metragem O menino e o mundo, faturou duas das principais categorias do 38; Festival de Cinema de Animação de Annecy ; troféus do júri e do público.
Alê Abreu surpreendeu-se ao notar que se tornou, ao menos por alguns dias, uma sensação nas ruas francesas. Ao desembarcar e transitar pelo município que dá nome à principal premiação do gênero, passou a ser reconhecido por pessoas de várias partes do mundo, que, de vez em quando, até pediam autógrafos e fotografias. O ilustrador atingiu um estranho status de ídolo e adorou o carinho recebido. Em entrevista exclusiva, revelou ao Correio bastidores de O menino e o mundo, obra que o deixou orgulhoso e imerso em sentimentos de leveza e de dever cumprido.
Confira trailer da animação O menino e o mundo
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O filme demorou três anos e meio para ser concluído e os primeiros esboços surgiram de ideias e anotações aleatórias, vindas de uma caos natural que faz parte do processo de produção do autor. ;No meu ateliê, estou no centro de uma roda onde há pinturas, lápis de cor, tinta de parede, rabiscos, anotações, trechos de storyboard que até então não eram nada. É desse caos que junto pequenas peças, como num quebra-cabeça. Sei que minha história vai terminar um dia e vou ficar com peças soltas por aí, isso é minha maior angústia;, revelou.
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