Diversão e Arte

Álbum de figurinhas suíço reúne ilustrações sobre o Brasil antes da Copa

Na Suíça, o Tschutti Heftli tem quase 500 cromos das 32 seleções presentes no Mundial

postado em 02/07/2014 09:07
Renato Moll:
Sob a máxima incrementada ;para suíço ver;, o artista visual brasiliense Renato Moll, morador do Lago Oeste, emprestou um pouco do talento a um projeto europeu e desenvolveu ilustrações acerca das polêmicas que pairaram sobre o Brasil pré-Copa. Os traços receberam cola adesiva e se transformaram em figurinhas, usadas para preencher duas páginas do álbum Tschutti Heftli, dedicado à Copa do Mundo e distribuído no país da Europa Central.

A coletânea suíça reúne quase 500 cromos, que trazem lembranças das 32 seleções presentes no Mundial disputado no Brasil. As fotos em close, que tradicionalmente estampam publicações do gênero, foram substituídas por ilustrações e desenhos, produzidos por artistas de vários países, incluindo Moll. Cada um o fez de uma maneira própria, com traços e estilos que os caracterizam. Tschutti Heftli funciona como um aglomerado de diversidades cultural e artística.



A publicação suíça é dedicada à Copa do Mundo. No lugar dos jogadores, críticas aos problemas que antecederam o evento
Em vez de caricaturar um técnico e um punhado de jogadores de uma seleção qualquer, Renato Moll, idealizou 10 cromos especiais, que informam leitores sobre problemas políticos e sociais do país que recebe o evento este ano. ;Participei de um concurso com outros 450 ilustradores. Precisava fazer uma caricatura do Pelé e a fiz de forma crítica. Não fui selecionado pelo júri e também perdi a repescagem. Depois, recebi convite da revista para fazer um encarte sobre a parte militante, dos impactos da copa;, conta o artista.

Os itens colecionáveis elaborados por Moll representam cinco problemas que o Brasil tem enfrentado desde que foi anunciado como país sede da Copa do Mundo. Com doses de humor, o artista desenhou sátiras que envolvem mobilidade urbana, gastos excessivos, repressões policiais, exclusão social e, também, investimentos em estádios que podem se tornar inúteis após o evento.

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