postado em 03/07/2014 08:52
Uma homenagem pré-póstuma para recordar e imortalizar uma trajetória interrompida abruptamente. Sob a irreverência desta ideia, os septuagenários do Monty Python remontaram a trupe cômica e se apresentaram juntos, três décadas depois da separação. Na última terça-feira, John Cleese, Michael Palin, Terry Jones, Eric Idle e Terry Gilliam, conhecidos como os Pythons, subiram pela primeira vez ao tablado da Arena O2, em Londres, para dar início à série de 10 apresentações que marca o fim do grupo, intitulada Monty Python Live (Mostly). Nessa quarta-feira (2/7), estava previsto outro espetáculo. O último está marcado para 20 de julho.
No evento, os humoristas da série transmitida na década de 1970 cumpriram o que haviam prometido anteriormente, em entrevistas dadas à imprensa internacional: interpretaram números dançantes, protagonizaram suas esquetes non sense e arrancaram risos do público, formado por mais de 20 mil pessoas. Os ;beatles da comédia; ; a BBC deu a alcunha, após destacar o boom de sátiras pensadas pelo grupo britânico ; resgataram o que têm de melhor, mas também trouxeram surpresas.
Apesar da participação do conterrâneo, físico e cosmólogo Stephen Hawking, responsável por projeções usadas para ambientar um número musical digno da Broadway, no qual os Pythons cantaram e interpretaram uma canção relacionada a uma visão única do universo e do cosmos, Monty Python Live (Mostly) resgatou poucas esquetes inéditas, prendeu-se aos clássicos. Todavia, o espetáculo rendeu críticas positivas da imprensa especializada.
Peter Bradshaw, repórter do diário inglês The Guardian, esteve na primeira sessão da peça e avaliou positivamente a interpretação do grupo, com apenas algumas ressalvas pela ausência de ineditismo. ;Todo mundo quer que os Pythons apresentem clássicos, e assim o fizeram. De fato, o conceito de que a equipe Python faria novo material é quase sem sentido para os fãs e não fãs;, escreveu na página do jornal.
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