Diversão e Arte

Lang Lang acredita que talento e prática intensa são caminho para o sucesso

O pianista se apresenta nesta sexta-feira (11/7) no HSBC Arena (RJ); o show faz parte da programação oficial da Copa do Mundo

Nahima Maciel
postado em 10/07/2014 07:40
Lang:
O pianista chinês Lang Lang nunca se viu como um gênio. Aos 24 anos, ele foi apontado pela crítica como a celebridade mais sexy do mundo da música clássica e aos 27 estava na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo da revista Time. Hoje com 34, ele sabe que o fato de não ter sido educado como um pequeno gênio do piano pode ter ajudado a esticar o tapete vermelho pelo qual desfilou nos últimos oito anos. No Rio de Janeiro para tocar como convidado no Placido Domingo ; Concert in Rio, apresentação que faz parte da programação oficial da Copa do Mundo e acontece neta sexta-feira (11/7) no HSBC Arena (RJ), Lang Lang tem no currículo o mérito de ter sido o primeiro chinês a ocupar o posto de solista nas orquestras filarmônicas de Viena e de Berlim.

Com 15 discos dedicados a compositores como Chopin, Mozart e Rachamaninoff e seis trilhas sonoras, o pianista tocou na Copa do Mundo de 2006, na abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, e no Grammy deste ano, no qual fez um dueto com o grupo Metallica. Hoje, cerca de 40 milhões de crianças estudam piano na China. Boa parte delas têm Lang Lang como inspiração. Ele virou um símbolo do sucesso da educação musical na Ásia, e a música se tornou disciplina obrigatória nas escolas primárias chinesas. Mas nem sempre foi assim.



O pianista começou a dedilhar aos 5 anos e nunca teve dúvidas quanto a querer seguir a profissão. Aos 9, deixou a cidade natal no interior da China e mudou-se com o pai para Pequim. A determinação paterna de que ele se tornasse um renomado pianista era tão forte que o primeiro fracasso quase levou pai e filho à morte. A professora que preparava o garoto para ingressar no Conservatório Central de Música de Pequim decidiu que ele não tinha talento e mandou-o embora. Furioso, o pai aconselhou o pré-adolescente a se matar.

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Lang Lang entrou em depressão, quase seguiu o conselho do pai mas desistiu a tempo de procurar outro professor e tentar novamente. Deu certo. Assim como a pressão paterna funcionaria para empurrar o menino em direção à fama durante os anos de estudo. ;Eu sempre tentei enxergar o lado positivo das coisas. E a pressão sempre foi um encorajamento muito grande porque ela pode te levar para duas direções: ela pode te destruir ou pode ajudar a dar uma virada. Para mim, a pressão deveria levar à segunda direção: precisamos nos desafiar para nos sentirmos melhores;, conclui o músico. ;Desde muito jovem, eu sabia que me tornar um pianista seria a grande conquista da minha vida.;

Placido Domingo ; Concert in Rio
Convidados especiais: Lang Lang, Ana Maria Martinez e o maestro Eugene Kohn. Sexta-feira, às 22h, na HSBC Arena (Avenida Embaixador Abelardo Bueno, 3401, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro). Ingressos: de R$ 900 a R$ 1.200

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