Nahima Maciel
postado em 17/07/2014 08:21
Há duas maneiras de encarar a violência urbana. Nenhuma delas é boa ou aponta para uma solução. A primeira consiste em incorporar a situação como normal, banal e parte do cotidiano. A segunda leva o sujeito à paranoia e acaba por imobilizá-lo. As duas são bem conhecidas dos habitantes das metrópoles latino-americanas, o que levou o escritor mexicano Juan Villoro, 57 anos, a querer refletir sobre o assunto em Arrecife, romance sobre um ex-astro de rock que encontra na violência uma forma de sobreviver a um presente decadente.Villoro é o único mexicano convidado para a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que ocorre entre 30 de julho e 3 de agosto na cidade histórica fluminense. Ele divide a mesa com o israelense Etgar Keret para falar sobre como as utopias se transformaram em barbárie nas sociedades contemporâneas. A guerra ; seja ela declarada, no caso de Israel, seja ela disfarçada, no caso dos conflitos que afetam o México por conta do narcotráfico ; estará na pauta dos autores.
Antes, no entanto, a pauta de Villoro foi ocupada pela Copa do Mundo. Ele escreveu sobre o Mundial para jornais como o El país e outros periódicos, como o Reforma e a revista Etiqueta Negra e acompanhou a derrota do México, que intitulou de ;O sacrifício asteca;. Um dos principais escritores contemporâneos do México, Villoro é autor de quatro romances e quatro livros de contos. Também escreve peças, como Filosofia de vida, que ficou um ano em cartaz em Buenos Aires e levou o prêmio da Asociación de Cronistas del Espectáculo (ACE) como melhor comédia do ano.
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