postado em 21/07/2014 16:26
Um ano e meio após a estreia nos palcos da capital, quando teve a ilustre presença do ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), na plateia da sala Martins Pena do Teatro Nacional, em dezembro de 2012, a cantora e compositora curitibana Thaís Gulin retorna à cidade, esta semana. Muito bem acompanhada, a artista se apresenta com participação especial de Jorge Mautner, no Teatro da Caixa (Asa Sul), quinta e sexta-feira, às 20h. Os ingressos, a preços populares (R$10 / meia), estão à venda na bilheteria do teatro.Leia mais em Diversão & Arte
Gulin surgiu na cena de neodivas da música brasileira há sete anos, com o lançamento de seu primeiro álbum, Thaís Gulin (Rob Digital, 2007). Com escolha de repertório original, dando voz a compositores como Iara Rennó, Zé Ramalho e Arrigo Barnabé, foi bem recebida pela crítica e logo estabeleceu parcerias de luxo no cenário. "Quando lancei meu primeiro disco, todos os compositores que gravei receberam uma cópia e me escreveram ou ligaram depois de ouvir. Tom Zé, Macalé, Zeca Baleiro, Chico, Toquinho, Otto, Capinam... O Arrigo Barnabé eu já conhecia, fizemos uma parceria neste primeiro disco, que foi a primeira vez que fiz uma letra pra uma música pronta. Enfim, todos ficaram em contato, fiz shows com alguns deles, gravei com outros e para mim é maravilhoso", revela Thaís.
E os nomes, estelares, estão sempre presentes nas fichas técnicas dos trabalhos da artista. Mas a sofisticação encontrada sempre aconteceu "de um jeito natural", sem ser premeditada, ela diz. "Chamo as pessoas porque gosto do trabalho delas e acho que tem a ver com o meu. Não acredito muito em sofisticação musical. Acredito na naturalidade, no calor que você pode gerar ao querer falar do que mexe com você", garante. A voz é conhecida dos noveleiros; Até pensei - marchinha de Chico Buarque lançada ainda no quarto disco do compositor, em 1968 - foi regravada especialmente para a trilha de "Sangue Bom" (Rede Globo, 2013), e "Paixão Passione", tema inédito de Ivan Lins, entrou para "Passione" (Rede Globo, 2011).
Nos shows, com Jorge Mautner - artista multimídia que, além de cantor é também compositor, violinista, escritor, poeta, cartunista, artista plástico e cineasta - Gulin interpretará Diamante costurado no umbigo e Todo Errado, ambas do carioca. Sozinho, ele entoa clássicos como Vampiro (Jorge Mautner), de 1958, e Maracatu Atômico (Jorge Mautner e Nelson Jacobina), sucesso lançado por Gilberto Gil em 1973. "As pessoas sempre me diziam que tínhamos a ver. Eu encontrava o Mautner na rua e dava ;oi;, só. Quando veio essa ideia do projeto pensei nele, o convidei e ele topou. Começamos a definir o repertório um mês antes da estreia, no Rio, em maio deste ano. No show rola esse clima casa. O Mautner é muito sabido, generoso e engraçado, além de ser o gênio que é", comenta a cantora.
Da lavra de Thaís estão no roteiro canções do seu segundo e último álbum, ôÔÔôôÔôÔ (Slap, 2011). Entre elas, Se eu soubesse (Chico Buarque), o samba-enredo autoral que dá nome ao disco e Quantas bocas, parceria inaugural com a cantora Ana Carolina e o produtor Kassin; além de seu último single, Cinema big butts - link de Cinema americano (Rodrigo Bittencourt, 2009) e Baby got back (Sir Mix-a-Lot, 1992) - lançado no ano passado com videoclipe dirigido por Gringo Cardia e que já soma mais de 100 mil visualizações no site YouTube.
Mautner e Gulin se apresentam acompanhados pelo trio composto por Marcos Moletta (guitarra/violão/rabeca), Thomas Harres (bateria/samples) e Pedro Dantas (baixo/teclado). "É a formação que fiz para as turnês fora do Brasil no ano passado. Gostei da pegada e mantive o power trio", conta, animada e com boas recordações da estreia em Brasília. "Me lembro que fiquei mais de uma hora tirando fotos com um público muito querido que fez uma fila fora do camarim. Lembro também que cruzei com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner no hall do hotel. Lembro que fui conhecer a Chapada [dos Veadeiros] e passei uns dias por lá depois do show e que é linda. Espero que seja pelo menos tão bom quanto foi."