Em março último, quando abriu a programação do centenário da Universidade de Goethe, em Frankfurt, na Alemanha, possivelmente nenhum dos convidados para ouvi-la sabia que a festejada neurocientista gaúcha Lúcia Villadino Braga, presidente da Rede Sarah de Hospitais, em outros tempos, havia sido uma musicista. No Brasil, e mesmo em Brasília, onde vive desde a infância, são poucos que a conhecem como alguém que estudou composição e regência na Universidade de Brasília (UnB).
Até porque, entre os muitos talentos da doutora Lucinha ; como ela é conhecida pelos mais próximos ;, sobrepõe-se a total dedicação à medicina, à saúde dos muitos pacientes que têm a sorte de tê-la próxima, cuidando dos males dos quais padecem. Entre os pacientes estão anônimos e desamparados ou celebridades do porte do escritor Jorge Amado, do escritor Millôr Fernandes, do ator Fernando Torres e do músico e compositor Herbert Vianna.
Bem cedo, a música entrou na vida de Lúcia. Aos 5 anos, ela ainda não sabia ler palavras, mas, ao acompanhar a irmã em uma aula de piano, no intervalo, começou a tirar som das teclas, observando os sinais da partitura, o que surpreendeu a professora. Aí, percebendo o dom precoce da filha, a mãe, Dona Nélida, a levou para estudar o instrumento com a consagrada pianista Neusa França.
Mais tarde, matriculou-se na Escola de Música de Brasília, que, à época, funcionava na 907 Sul, já sob o comando do maestro Levino de Alcântara. ;Tinha como colegas, entre outros, Oswaldo Montenegro e Paulo André Carvalho, que viriam a se tornar, respectivamente, cantor e guitarrista de sucesso;, conta Lúcia. ;Quando a escola se transferiu para a 602 Sul, fui para lá e passei a estudar violino e oboé;, acrescenta.
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