O produtor canadense Joel Zimmerman, conhecido pela alcunha de Deadmau5, é um ferrenho crítico da música eletrônica atual. Ele não perde a oportunidade de dizer, entre outras coisas, que os DJs copiam tanto uns aos outros que o público nem sabe mais diferenciar quem faz o quê. Mau5 consegue fazer barulho porque é considerado o primeiro superastro do eletrônico e, numa tentativa de se diferenciar dos outros profissionais, tornou-se um grande entusiasta da música eletrônica ;orgânica;; considerada mais artesanal.
Neste segmento, a regra é sonorizar o acorde de guitarras, por exemplo, ou piano, a partir de instrumentos reais, mas isso demanda conhecimento de notas, melodias e harmonias. ;A internet facilitou a vida de quem, sem experiência, decidiu virar DJ. Existem ainda programas que permitem a mixagem, e por isso é possível ;montar; uma música em alguns minutos;, explica o DJ brasiliense Raff. Dois anos atrás, ele e o amigo Raphael Mira (ex-vocalista da banda Natiruts) investiram em um projeto no qual a percussão era misturada à música eletrônica. ;Acabou quando o Mira se mudou.;
Em 2001, o album Discovery, do Daft Punk, levou o grupo ao céu do universo musical. Eles fizeram uma combinação de house com eletro, mais modulações vocais e algumas melodias, novidade para um mundo acostumado ao eletrônico robótico. ;Acredito que eles influenciaram muita gente, mas não sei se são unanimidade quando dizemos que eles criaram este estilo;, explica o produtor e DJ Fábio Popiginis, da dupla brasiliense Deltafoxx.
Para o maestro Jorge Antunes, um dos pioneiros em eletroacústica no país, o que aconteceu ali foi uma renovação. ;Já se fazia isso há muito tempo. O pessoal achou que estava inventando a roda, mas produzir faixas por meio de batidas eletrônicas sintetizadas e acrescidas de instrumentos musicais é uma influência que vem de muito antes;, explica.
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