Imagine um universo paralelo, no qual Thor, filho de Odin, deus de Asgard, detentor do mitológico e poderoso Mjölnir — martelo pertencente ao Deus do Trovão, na mitologia nórdica — e de força sobre-humana, fosse descrito com traços mais delicados e com os cabelos loiros mais sedosos, aspectos atribuídos, habitualmente, ao sexo feminino. A Marvel, responsável pelo personagem que estampa suas histórias em quadrinhos desde 1962, imaginou, e seguiu além; maturou a ideia e resolveu, simplesmente, trocar o sexo de seu asgardiano mais famoso. A novidade deve desembarcar em outubro nas bancas de revistas.
A repaginada no Thor é apenas outro exemplo de mudanças drásticas promovidas por editoras para tentar aumentar o número de vendas e reencontrar espaço num concorrido mercado. A Marvel tem histórico e, novamente, apostou nisso. A gigante norte-americana tenta seduzir e inserir o público feminino numa trama que sempre costumou agradar mais a jovens do sexo oposto.
Jason Aaron, responsável por escrever a nova série, ao lado do quadrinista Russel Dauterman, comentou a proposta na página oficial da Marvel. “Esta é realmente uma história de Thor que ninguém nunca viu antes, e não é para ser efêmero. Não é uma coisa de uma vez só ou uma realidade alternativa. Esta é a nova versão de Thor no universo Marvel”, explicou. “Não é Lady Thor. Não é Thorita. É Thor”, completou e brincou em comunicado.
O quadrinista paraíbano Mike Deodato Jr., que desenhou o Thor para a Marvel durante várias edições, comentou para o Correio o que achou do anúncio e da transformação do personagem. “Foi bacana. Mudanças são sempre bem-vindas na ficção. O Thor mesmo já foi até um sapo! Se a história for boa, e deve ser, já que o escritor é Jason Aaron, ela vai sacudir as coisas no universo do personagem e atrair um novo público”, avaliou.
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