Diversão e Arte

Coletivo mostra série de ações voltadas à discussão do papel das mulheres

Com linguagem leve e diferenciada, projeto Think Olga ganhou repercussão nacional

Rebeca Oliveira
postado em 06/08/2014 08:32
Ilustrações da designer Gabriela Shigihara: campanha contra assédio sexual
Linda, gostosa, delícia, ô lá em casa; Aparentemente inofensivos, assobios e cantadas dirigidos às mulheres viraram tema de estudo para o , coletivo feminista criado no ano passado pela socióloga Bárbara Castro e pela jornalista Juliana de Faria. Elevar o nível da discussão sobre feminilidade nos dias de hoje é o principal objetivo do grupo, idealizado durante um passeio despretencioso pelas ruas de Berlim, em 2012. ;À noite, eu mudava de calçada antes de cruzar com um grupo de homens, andava sempre de cabeça baixa, olhando para o chão. Até que percebi: não havia necessidade disso. Independentemente da roupa que estivesse usando, eu teria que ser respeitada;, recorda Juliana.

Um ano depois, a jornalista já havia abandonado o cargo de repórter de uma famosa revista de moda e comprado o domínio Think Olga na internet, onde postou um desabafo sobre assédio sexual e o papel feminino na sociedade moderna. Aos poucos, passou a receber comentários com histórias semelhantes vividas por outras mulheres. Juliana continuou escrevendo e explorando temáticas diferentes, sempre estabelecendo conexões entre os fatos atuais e o feminismo. Hoje um coletivo, o Think Olga trabalha em frentes diversas.



Com linguagem leve e diferenciada, projeto Think Olga ganhou repercussão nacional
Um de seus projetos mais conhecidos, o mapeamento Chega de fiu fiu tornou-se o ebook Meu corpo não é seu ; Desvendando a violência contra a mulher. No último mês, o coletivo foi convidado para fazer a curadoria do festival YouPix, maior evento sobre internet e cultura digital do Brasil. ;A violência contra a mulher ainda é uma questão muito ignorada. Houve avanços, como a criação das Delegacias da Mulher, a Lei Maria da Penha e o Ligue 180, mas precisamos de mais que isso. É uma questão de saúde pública, e não vemos a mobilização social necessária para combater o problema;, pontua.

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