Ricardo Daehn - Enviado especial
postado em 10/08/2014 18:51
Gramado (RS) - Na onda de relevância estipulada pelo cinema penambucano, o diretor Júlio Cavani entra na disputa no 42; Festival de Cinema de Gramado, neste domingo (10/8), com a apresentação do curta História natural. Projeto tocado em paralelo com o primeiro curta Deixem Diana em paz, exibido em sete festivais (incluído o 46 Festival de Brasília do Cinema Brasileiro), o novo curta de ficção traz à tona algo da infância do diretor, desenvolvida em meio à natureza."Sempre observei uma palmeira que era a árvore mais alta, no meio de uma floresta. Acho que tenho comigo uma certa idealização da natureza, até pela minha criação. Meus pais participaram de movimentos ecológicos e andei por muitas praias desertas. Entrei em muito rio e subi em muita árvore", comenta o cineasta que emplaca, em menos de um ano, a segunda obra
em festival de destaque nacional.
Além de explicar que não conseguir separar as artes, o diretor conta que a exploração das linguagens são impostas pelos enredos. A circunstância de projeção do cinema pernambucano, igualmente, não passa despercebida. "Independente de serem cineastas, Marcelo Pedroso, Daniel Bandeira e Daniel Aragão (expoentes do cinema feito no Nordeste) foram sempre amigos e, por sermos da mesma geração, acho que temos muito em comum.
Com filmes de Cláudio Assis e de Lírio Ferreira e Paulo Caldas (de Baile perfumado), acho que muita gente recebeu estímulo para comunicar em cinema. Depois, veio o digital e demonstrou a falta de necessidade da espera para a entrada em cinema. Tudo ficou mais acessível", conclui o diretor que teve o curta selecionado num mar de 412 filmes.