Ricardo Daehn - Enviado especial
postado em 14/08/2014 12:54
Gramado - Na sexta noite competitiva do 42; Festival de Gramado, as ruas tomaram de assalto a tela do Palácio dos Festivais, no qual é realizado o evento. Explica-se: ambos curtas exibidos, Brasil e Se essa lua fosse minha, traçaram um painel da ficção a partir da realidade para estabelecer ideologia ou mesmo crivar denúncia e/ou observação de cotidianos vivenciado nas ruas.
Em preto e banco, o premiado realizador Aly Muritiba (de Brasil) explicou que a opção pela falta de cor foi artifício para harmonizar, em termos de imagem, fontes distintas de registros feitos durante as famosas manifestações (e os ditatoriais amordaçamentos intrínsecos). ;Eram eventos bem dramáticos em que morteiros tinham como retorno tiros na cara.
Combate e coação permeiam a relação entre dois irmãos. O parentesco é até simbólico: quero de verdade, mostrar o indivíduo imbuído de poder (o policial) e condicionado pelo regime. Ele toma medidas de modo impensado e, em tensão extrema, tende a reagir no automático;, observou o diretor, durante debate acerca do filme.
Larissa Lewandovsky, de Se essa lua fosse minha, além de, nos bastidores, explicar o hiato de parentesco com o nomeado ministro Ricardo, do STF, ressaltou a completa liberdade de ação para alterados moradores de rua de Porto Alegre desenharem problemas e aspirações na fita que mistura documentário e algo de ficção. ;O roteiro foi bem coletivo, mas a camada ficcional ; que reclama um paralelo entre os marginalizados e astronautas ; foi sugerido pelo Pedro Gossler. Conheço bem a área, até por morar na parte burguesa das imediações da rua, e não ferimos a dignidade de ninguém, no processo do filme;, explicou Larissa.
Ela conta que as fantasias colocadas nos personagens foram colocadas de modo lúdico, num ;fluxo; natural. ;Eles viram tudo como um grande acontecimento, num olhar de coisas agradáveis;, observou.
O repórter viajou a convite do Festival de Gramado
Em preto e banco, o premiado realizador Aly Muritiba (de Brasil) explicou que a opção pela falta de cor foi artifício para harmonizar, em termos de imagem, fontes distintas de registros feitos durante as famosas manifestações (e os ditatoriais amordaçamentos intrínsecos). ;Eram eventos bem dramáticos em que morteiros tinham como retorno tiros na cara.
Combate e coação permeiam a relação entre dois irmãos. O parentesco é até simbólico: quero de verdade, mostrar o indivíduo imbuído de poder (o policial) e condicionado pelo regime. Ele toma medidas de modo impensado e, em tensão extrema, tende a reagir no automático;, observou o diretor, durante debate acerca do filme.
Larissa Lewandovsky, de Se essa lua fosse minha, além de, nos bastidores, explicar o hiato de parentesco com o nomeado ministro Ricardo, do STF, ressaltou a completa liberdade de ação para alterados moradores de rua de Porto Alegre desenharem problemas e aspirações na fita que mistura documentário e algo de ficção. ;O roteiro foi bem coletivo, mas a camada ficcional ; que reclama um paralelo entre os marginalizados e astronautas ; foi sugerido pelo Pedro Gossler. Conheço bem a área, até por morar na parte burguesa das imediações da rua, e não ferimos a dignidade de ninguém, no processo do filme;, explicou Larissa.
Ela conta que as fantasias colocadas nos personagens foram colocadas de modo lúdico, num ;fluxo; natural. ;Eles viram tudo como um grande acontecimento, num olhar de coisas agradáveis;, observou.
O repórter viajou a convite do Festival de Gramado