postado em 20/08/2014 08:41
Difícil prever a reação do público durante o espetáculo Pichet Klunchun and myself, logo mais, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Se a tradição prevalecer, há quem amará. Há quem odiará. No palco, além do dançarino tailandês Pichet Klunchun, o polêmico Jérôme Bel. O coreógrafo francês figura entre os grandes nomes mundiais da dança, mesmo colecionando duras críticas ao longo da carreira.
[SAIBAMAIS]Recentemente, a Ópera de Paris encomendou um número para o dançarino, o Museu de Arte Moderna de Nova York outro e o nosso Cena Contemporânea o recebe hoje. Não se surpreenda, no entanto, se não assistir a muitos movimentos de dança. A primeira de muitas controvérsias que envolvem Jérôme Bel. ;Vim para um encontro;, resumiu durante entrevista ao Correio.
Nada unânime
Depois de flertar com o contemporâneo e colaborar com a abertura das Olimpíadas de Inverno de 1992, Jêrôme se dedicou aos estudos. Ficou recluso e afundou-se em livros de arte, história e filosofia. Quando voltou à cena, percebeu que coreografar e dirigir eram mais interessantes do que dançar. A dança se tornou, então, um local para os mais densos experimentos.
No primeiro espetáculo, em 1994, Jérôme propõe um enredo no qual um aspirador de pó e um secador de cabelos eram mais relevantes do que os dançarinos em si, que estavam por lá simplesmente para movimentar os objetos. No ano seguinte, ele chocou a França ao colocar quatro bailarinos nus no palco. O problema não foi a nudez, longe disso. A dificuldade recaiu em um cena em particular, durante a qual um dos artistas urinava no palco. Como nos demais espetáculos, muitos aplaudiram. Muitos vaiaram. Outros tantos abandonaram o teatro.
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