postado em 21/08/2014 10:38
"Confesso: chorei de saudades suas hoje, ao ouvir as fitas de Elvis que você me mandou. A minha solidão aqui ultimamente tem sido dolorosa, mas que jeito? Eu desejava estar com você e nossa filha". Raul Seixas escreveu essas palavras em um carta endereçada a Kika, quarta companheira e mãe de sua terceira filha, Vivi. Eles estavam separados desde 1985, e o roqueiro relacionou-se com outra pessoa entre o término com ela e aquele 27 de janeiro de 1989, data do texto entregue com exclusividade pela ex-mulher do cantor e compositor ao Correio.
Raul Seixas morreria alguns meses depois (21 de agosto de 1989), há exatos 25 anos, e o tom da carta deixa transparecer uma melancolia comovente. ;Mais do que ninguém, você sabe o quanto o destino tem me castigado;, escreveu o baiano, à mão. ;Nunca esqueci vocês, mesmo nos maus momentos, e hoje mais do que nunca lhe desejo;. Apesar da aparente tristeza, o autor de Maluco beleza, Metamorfose ambulante e Ouro de tolo, ícone da música brasileira da década de 1970 em diante, se dizia animado com a possibilidade de gravar um novo disco, o que aconteceria após o carnaval daquele ano.
;Foi muito dramático o final dele;, lamenta Kika, hoje. Raul Seixas havia feito uma participação em um programa de tevê em dezembro de 1985. Até o encontro com o também roqueiro baiano Marcelo Nova, estava ocioso, entregue ao álcool e às doenças que culminariam em sua morte, como o diabetes e a hepatite. Em setembro de 1988, Raul e Marcelo começaram uma turnê de cerca de 50 shows pelo país. Juntos, lançaram o disco A panela do diabo.
Raul Seixas morreria alguns meses depois (21 de agosto de 1989), há exatos 25 anos, e o tom da carta deixa transparecer uma melancolia comovente. ;Mais do que ninguém, você sabe o quanto o destino tem me castigado;, escreveu o baiano, à mão. ;Nunca esqueci vocês, mesmo nos maus momentos, e hoje mais do que nunca lhe desejo;. Apesar da aparente tristeza, o autor de Maluco beleza, Metamorfose ambulante e Ouro de tolo, ícone da música brasileira da década de 1970 em diante, se dizia animado com a possibilidade de gravar um novo disco, o que aconteceria após o carnaval daquele ano.
;Foi muito dramático o final dele;, lamenta Kika, hoje. Raul Seixas havia feito uma participação em um programa de tevê em dezembro de 1985. Até o encontro com o também roqueiro baiano Marcelo Nova, estava ocioso, entregue ao álcool e às doenças que culminariam em sua morte, como o diabetes e a hepatite. Em setembro de 1988, Raul e Marcelo começaram uma turnê de cerca de 50 shows pelo país. Juntos, lançaram o disco A panela do diabo.
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