Igor Silveira
postado em 24/08/2014 07:15
Luz e naturalidade feminina. Essas são as pontas que se ligam para formar o fio condutor do trabalho das fotógrafas brasilienses Maíra Morais, Manuela Lemos e Raquel Pellicano. Apesar de estilos que diferenciam os olhares dessas artistas, a mulher é o foco principal no conjunto da obra. O contraste dos retratos chapados, sem produções rebuscadas ou locações harmoniosas feitos por Manuela é gritante em comparação aos registros de Maíra e Raquel.
;Eu não gosto de usar o termo ;ensaio sensual;. Acho cafona. O que eu faço é um nu editorial, em que exploro mais os elementos suaves, florais;, explica Raquel Pelicano, 26 anos. A facilidade em extrair a fotogenia das modelos nas mais diversas situações é uma das características mais marcantes dessa artista plástica, que busca trabalhar a nudez com leveza para que ;aquele ser humano não seja visto como objeto;.
Aos 25 anos, Manuela Lemos está prestes a concluir o curso de arquitetura. Os traços que dominam o cotidiano da jovem, no entanto, são os femininos. E ela foge da beleza clássica; gosta da fotografia crua, sem os cuidados prévios e posteriores comuns aos editoriais de moda. ;O que dá uma identidade para o meu trabalho é a conexão que eu crio com aquela pessoa, ainda que o contato seja pouco. Eu preciso me sentir conectada com a outra pessoa para captar a essência alheia;, pontua.
Manuela Lemos fala sobre o processo de criação das fotos
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No outro extremo estético, encontra-se a jornalista Maíra Morais, 25 anos. As cores estão muito presentes nas fotografias dela. ;Eu tenho cuidado com a produção, mas, basicamente, tudo o que uso vem de casa: um lenço, um tecido ou algo que possa ajudar na composição da imagem;, ressalta, completando em seguida: ;O mais importante, porém, é fotografar a menina como eu gostaria de ser fotografada. Gosto muito da possibilidade de fazer a mulher se achar mais bonita. Ver essa reação acontecer é lindo;.
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