Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Cem anos de Julio Cortázar são comemorados com lançamento de novas edições

Com "O jogo da amarelinha", o escritor argentino mudou os rumos da literatura latino-americana



Andreia Amaral, editora da Civilização Brasileira, explica que o autor foi mantido no catálogo do selo, que tem pouquíssima ficção porque está entre os mais vendidos. O critério para as reedições foi o fato de alguns livros estarem esgotados. ;Cortázar escrevia pensando em quem ia ler seus textos. Ele elaborava os livros provocando o leitor, lhe fazendo interagir com a história. Então, sua voz parece sempre muito atual porque ela fala diretamente com aquele que se dispõe a embarcar nessa aventura de ler sem se prostrar, sem ficar passivo diante do que é colocado. Você termina a leitura se sentindo também presente, revirado, e isso vai ajudando a formar uma certa consciência em relação a tudo o que está no seu entorno;, analisa Andreia.

Carreira

Filho de um funcionário do corpo diplomático argentino, Cortázar nasceu na Bélgica e cresceu na Argentina, onde estudou para ser professor de letras. Chegou a dar aulas e a construir uma carreira acadêmica até resolver deixar o país, nos anos 1950, por conta da ditadura de Peron. Em Paris, durante um autoexílio que durou a vida inteira, o escritor plantou as raízes da carreira literária.

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