Irlam Rocha Lima
postado em 01/09/2014 08:10
Durante muitos anos, Guinga e Paulo César Pinheiro viveram uma relação de ;irmandade;. Jovens, costumavam se encontrar com frequência para longas conversas em que a música era o assunto principal. Juntos, entre as décadas de 1970 e 1980, construíram uma profícua parceria, que gerou pelo menos dois clássicos, as canções Bolero de satã e Senhorinha, gravadas por Elis Regina e Mônica Salmaso, respectivamente. Agora dividem a autoria das 14 faixas do elogiado Corpo de Baile, o novo álbum de Mônica, lançado recentemente.Dois gigantes da música popular brasileira, o compositor Guinga e o poeta, letrista e pesquisador Paulo César Pinheiro estão rompidos há 20 anos. Consta que foi uma entrevista de Guinga ao Jornal do Brasil, na qual declarou que Paulinho não acreditava em suas músicas por considerá-las herméticas, o motivo para levá-los a cortar a relação de amizade.
Guinga admite que cometeu um equívoco ao fazer tal afirmação. ;Tenho buscado me redimir daquele comentário infeliz, que teve consequência tão danosa. Tinha o Paulinho como um irmão, como um dos meus melhores amigos. Os pais dele gostavam muito de mim; e a minha mãe sempre procura saber quando vamos reatar a amizade. Sou humano, tenho defeitos e aproveito para publicamente assumir o erro e pedir desculpa ao Paulinho;.
O instrumentista vê o parceiro como ;um gênio; e afirma ter muito orgulho das canções que fizeram juntos. ;Não guardei a maioria delas, mas me recordo de quase todas. Algumas foram gravadas de forma primorosa nesse disco que a minha querida Mônica Salmaso acaba de lançar. São melodias que criei entre os 19 e 26 anos, na flor da idade. Hoje, aos 64 anos, me emociono ouvindo-as na voz de Mônica, que vai imortalizá-las;, complementa.
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