Diversão e Arte

Edu Lobo revela detalhes da relação com Chico Buarque e Vinicius de Moraes

Cantor e compositor carioca diz que não prestou atenção à Tropicália e que acha a sigla MPB "uma bobagem"

postado em 07/09/2014 08:00

Edu Lobo, desde sempre, preza pela privacidade. Dá poucas entrevistas, não opina sobre o que não lhe diz respeito e não se mete em confusões. Aos 71 anos, o recluso carioca só não está mais escondido porque a obra que construiu ao longo dos últimos 50 anos continua a conquistar admiradores. Prova disso é que a trilha sonora do balé O grande circo místico, criada por ele e Chico Buarque, em 1983, inspirou musical homônimo que arrebatou as plateias do Rio e de São Paulo recentemente. O projeto será levado aos cinemas por Cacá Diegues. Para completar, Edu acaba de lançar CD comemorativo, ganhou biografia escrita pelo jornalista Eric Nepomuceno e tem songbook de partituras vindo por aí.



É por conta da publicação biográfica que Edu atende ao Correio. Ou será que não? ;Sobre o livro? Mas eu não posso falar sobre o livro. Eu não sou o autor. Quem tem que falar é o Eric Nepomuceno;, brada, ao telefone. ;Minha carreira está todinha lá. Está superbenfeito, a gente trabalhou muito em cima disso. E está lá, não tenho o que dizer. O que você quiser saber do CD, nenhum problema;, completou.

A solução foi abordar outros assuntos e, com jeitinho, abrir o caminho para que o cantor e compositor se sentisse à vontade para deixar as memórias escorrerem. Sempre sobre música, claro, já que a vida pessoal não foi abordada nem na biografia São bonitas as canções. A exceção é um capítulo em que Edu narra a relação com o pai, o jornalista e compositor Fernando Lobo, que ele só conheceu quando tinha 10 anos de idade.

Edu Lobo fala sobre Bena Lobo

Ele pede ajuda quando precisa, mas não é muito de pedir, não. Ele é de fazer o mundo dele, seguir, eu não interfiro. É o seguinte: filho faz o que quer. Claro que a gente conversa sobre isso, falo sobre as experiências pelas quais já passei e ele aproveita o que é necessário. Mas ele tem a vida dele e eu tenho a minha vida. Ele conhece meu trabalho bastante, tem muito interesse. Mas acho que não há chance de parceria A música dele é diferente. Não estou dizendo que é impossível, mas é pouco provável.

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