Irlam Rocha Lima
postado em 13/09/2014 06:02
O brasiliense cultiva o saudável hábito das baladas desde sempre. Nos primórdios da criação da cidade, os candangos participavam de reuniões festivas em barracões de madeira, erguidos com essa finalidade, nos acampamentos das empresas construtoras, instaladas principalmente na Vila Planalto. Os engenheiros e seus familiares, porém, costumavam se divertir em outro local: o piano bar do Brasília Palace Hotel.
[SAIBAMAIS]Historicamente, aquele pub é considerado a primeira casa noturna da nova capital e já funcionava antes mesmo da inauguração. A princípio, era um lugar para ouvir boa música e por lá passaram artistas consagrados da MPB, como Cauby Peixoto, Maysa, Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Os famosos parceiros mostraram ali, em primeira audição, o clássico da bossa nova Água de beber, que teve como fonte de inspiração uma queda d;água existente no Catetinho. Mas, depois das pequenas apresentações, o espaço virava pista de dança.
Algumas boates surgiram nos anos 1960, mas tiveram vida curta e não chegaram a fazer história. No fim da década, porém, com a abertura da Kako e da Shalako, no recém-inaugurado Centro Comercial Gilberto Salomão, os festeiros passaram a contar com duas boas opções para a diversão e o entretenimento. A primeira, sob o comando de Roberto Levy, e a outra, dirigida por Márcio Bayard.
De imediato, ambas transformaram-se em point da juventude de então, da qual faziam parte, entre outros, os hoje notórios Fernando Collor de Mello, Paulo Octávio e Roseana Sarney, que eram personagens da coluna CB Jovem, que Ademir Pereira mantinha no Correio. Mário Beethoven, um dos primeiros DJs de Brasília, que tocou nas duas casas, lembra que o ;embalo; era à base da MPB de Jorge Ben, Tim Maia, Wilson Simonal, Mutantes, a soul music de Stevie Wonder e Supremes, além do rock de bandas como Credence Cleawater Revival.
A matéria completa para assinantes está aqui. Para assinar, clique aqui.