postado em 27/09/2014 08:04
Sempre que perguntado sobre questões de fé ou sobre os rumos da Igreja, o papa Francisco foge de respostas prontas, diretas e carregadas de termos teológicos. Prefere comparações simples, ilustradas com histórias da própria vida, quase sempre resgatadas dos tempos de Buenos Aires, onde nasceu, ordenou-se padre e virou arcebispo, antes de ocupar o trono de São Pedro.
É esse jeito do pontífice argentino de encarar o catolicismo, aplicado ao dia a dia das pessoas, que o padre brasileiro Alexandre Awi Mello analisa no livro ;Ela é minha mãe!” ; Encontros do papa Francisco com Maria, que será lançado neste sábado em Brasília. O tema é inédito em meio a dezenas de obras relacionadas ao papa que chegaram às livrarias desde o último conclave, em março de 2013.
O autor do livro conheceu o então cardeal Jorge Mario Bergoglio em 2007, em Aparecida (SP), durante a V Conferência Episcopal Latino-Americano e do Caribe (Celam). A partir dali, mantiveram contato por e-mail e vieram a se reencontrar no ano passado, quando o padre assessorou o já papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) do Rio de Janeiro. ;Era a mesma pessoa: humilde e atenta ao outro;, observou o padre, diretor do Movimento Schoenstatt no Brasil.
Devoções
O livro nasceu de uma entrevista ; embora não se restrinja a ela ; concedida por Francisco ao padre Alexandre na manhã de 26 de dezembro do último ano. Foram mais de duas horas de conversa tratando exclusivamente das orações e devoções marianas do papa. ;Ela é minha mamãe. É a única pessoa com quem eu posso chorar;, disse a certa altura o papa, ajudando na inspiração do título da obra. Em outro momento, o chefe da Igreja repetiu algo que costuma falar, em tom de brincadeira, desde os tempos de arcebispo: ;Quem não tem mãe vai ter sogra;.
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