postado em 27/09/2014 08:01
O Distrito Federal anda bem representado mundo afora e poucos sabem. Recentemente, uma companhia de teatro retornou de Nova York, por onde se apresentou por uma semana. Um grafiteiro passou um mês na França para dar algumas oficinas. Dançarinos levam prêmios pela Bélgica, Alemanha, Inglaterra. Um deles cruzou mais de 10 cidades norte-americanas demonstrando os habilidosos passos. Todos são de Ceilândia. Em meio ao preconceito e ainda sob uma visão estereotipada de violência, a maior cidade do DF respira cultura. Samba, teatro, hip-hop, poesia, tomam as ruas e a transformam em um polo de efervescência e produção, mesmo com o descaso do poder público e a insensibilidade da iniciativa privada.
[VIDEO1]
Sempre fora das pautas culturais, Ceilândia se tornou principal tema de debate e de curiosidade por entre artistas e público desde o resultado do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que concedeu o prêmio máximo da mostra competitiva ao cineasta ceilandense Adirley Queirós, cujo filme (Branco sai, preto fica) versa justamente sobre a segregação que se estabelece entre Ceilândia e o centro de Brasília.
;Esta representação da cultura ceilandense não começou com o cinema. Apenas demos continuidade ao que muitos já faziam antes. Artistas de rua, da poesia, da música, do teatro, carregam a cidade muito antes de o cinema aparecer por ali;, comenta o próprio Adirley Queirós. Segundo o diretor, o cinema teve a oportunidade de ;catalisar essa produção;. E ele acompanha de perto boa parte dela.
Por pouco, Adirley não compareceu à cerimônia de encerramento do festival, que o consagrou. Na mesma noite, acontecia o já tradicional Sarau da CM, que dificilmente ele deixa de ir. Sidney Sampaio e Rafinha Bravoz, responsáveis pelo sarau, estão comemorando o primeiro aniversário do evento, realizado em uma sede própria, na principal avenida do P Norte. ;Começou com uma vontade de reunir os amigos, acabou crescendo e, hoje, tornou-se uma referência nacional. Recebemos público de todo o DF e de alguns estados, inclusive;, revela Sidney.
A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique .