Diversão e Arte

Bienal Internacional de Arte de SP foca no processo criativo dos artistas

Com curadoria de cinco estrangeiros, 31ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo traz para o público uma arte produzida em colaboração e com foco nos caminhos trilhados pelos artistas

Nahima Maciel
postado em 29/09/2014 08:11
Jonas Staal é o autor de Nosso Lar, Brasília. Na instalação, o artista compara a capital ao reino dos céus idealizado por Chico Xavier.
Na 31; Bienal Internacional de Arte de São Paulo, o que mais importa não é a obra exposta no Pavilhão Ciccillo Matarazzo no Parque Ibirapuera e sim o caminho percorrido até ali. Com curadoria de um escocês, dois espanhóis e dois israelenses, a maior exposição de arte da América Latina inaugurou no último dia 6 com uma proposta diferente desenvolvida por 69 artistas. Os focos dos curadores Charles Esche, Pablo Lafuente, Galit Eilat, Oren Sagiv e Nuria Enguita Mayo foram o processo criativo, o diálogo com a contemporaneidade e a associação colaborativa na produção dos trabalhos.

Os curadores viajaram pelo país e realizaram encontros em cidades como Porto Alegre, Belo Horizonte, Belém, Fortaleza e Brasília para ouvir as vozes locais e entender as preocupações dos artistas brasileiros. Também enviaram os convidados para realizar residências artísticas pelo país com a finalidade de produzir as obras a serem apresentadas na mostra. ;Decidimos fazer uma Bienal focada no Brasil. Viemos todos de fora e achamos que seria muito importante passar um tempo aqui, então ficamos vivendo aqui desde novembro, construindo conexões não só em São Paulo mas com o resto do país para entendermos o que era crucial e durante esse tempo estivemos ouvindo;, conta Esche, que é diretor do Museu Van Abbe, um centro experimental de arte contemporânea na Holanda. ;Queríamos construir um sentido do que era importante para podermos convidar pessoas que pudessem produzir com base num diálogo entre suas próprias experiências e a experiência com o Brasil.;



Mario de Andrade e seu O turista aprendiz serviram de base e referência para Pablo Lafuente, um dos editores do jornal inglês Afterall, se posicionar como curador. ;Não era possível fazer a Bienal com um tema fechado porque era uma postura arrogante, uma postura que a gente pensou que não ia ter conexão com o público. Então, o que fizemos foi adotar uma postura de abertura que tivesse a ver com o Mario de Andrade e esse olhar que às vezes é de inocência, às vezes entusiasmado, e que permite ver coisas que as pessoas que acham que já sabem, mas não podem ver;, diz o curador.

31; Bienal Internacional de Arte de São Paulo
Visitação até 7 de dezembro, terças, quinta, sexta e domingo, das 9h às 18h, e quarta e sábado das 9h às 21h, no Pavilhão da Bienal (Parque Ibirapuera, Av. Pedro Álvares Cabral, São Paulo)


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