Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Soprano Lucie Silkenová se apresenta no palco do Teatro Pedro Calmon

Espetáculo faz parte do ano da música tcheca



Dos quatro compositores selecionados, apenas Martinú não tem as datas de nascimento e morte relacionadas ao número 4, mas não podia ficar de fora do programa, já que é um dos nomes mais importantes da música tcheca do século 20. Violinista da Orquestra Filarmônica Tcheca e professor, Martinú ajudou a construir a história da música moderna europeia ao deixar de lado o romantismo para investir em experiências construtivas e expressionistas. Foram seis sinfonias e 14 balés, além de 15 óperas, uma obra prolífica e importante.

Do compositor, Lucie escolheu um trecho da suíte Flauta mística, peça composta em 1918 e inspirada na poesia oriental, muito na moda naquela época. ;São três minutos muito especiais com uma parte orquestral grande na qual é possível ver como ele era uma grande compositor e reconhecer um pouco da música chinesa;, avisa. De Dvorák, o compositor tcheco mais conhecido e celebrado da música erudita, Lucie canta trechos de duas peças bastante populares, Rusalka e Carnaval, ambas em tcheco, língua original na qual Dvorák escreveu as obras. ;Russalka é a melhor ópera dele e a mais importante e vai ser cantada com a melhor pronúncia tcheca;, garante a cantora.

Boa parte da obra lírica do compositor foi escrita em tcheco e acabou traduzida para o alemão e o inglês para facilitar a pronúncia. ;Sei que Russalka é bastante cantada no Brasil, mas sempre em outras línguas;, diz Lucie. Para a soprano, o fato de a peça ser cantada na língua original para a qual foi escrita e por uma soprano tcheca traz um sabor diferente. ;Se eu canto sobre o campo, por exemplo, posso mergulhar no meu próprio mundo, na minha própria história e no meu próprio ambiente;, pondera a cantora nascida em Praga.

Concerto da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro ; Ano da Música Tcheca

Soprano: Lucie Silkenová. Regente: Claudio Cohen. Nesta terça-feira, às 20h, no Teatro Pedro Clamon (Setor Militar Urbano). Entrada franca, por ordem de chegada.

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