Diversão e Arte

Justiça autoriza publicação de biografia que mostra Lampião gay

O Tribunal de Justiça do Sergipe derrubou a proibição

postado em 04/10/2014 13:59
Novo trabalho questiona a sexualidade do cangaceiro

A novela das biografias não-autorizadas ganhou mais um capítulo polêmico. Por unanimidade, a 2; Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ-SE) autorizou a publicação do livro Lampião, o Mata sete, do escritor e juiz aposentado Pedro de Morais. A obra afirma que o famoso cangaceiro nordestino era gay.


[SAIBAMAIS]A decisão favorável foi do desembargador Cezário Siqueira Neto. Em seu voto, o magistrado reafirmou a importância da liberdade de pensamento.

"Na atualidade, deve prevalecer o pensamento da responsabilidade pela manifestação de pensamento, mesmo porque a própria sociedade se encarrega de dar o devido valor às publicações, manifestações que contenham conteúdo intelectual, daqueles que nada possam acrescentar", escreveu o desembargador.

A proibição da publicação ocorreu em 2011, quando o juiz Aldo Albuquerque, da 7; vara Cível de Aracaju, decretou a sentença do veto à favor da família de Lampião. Com a mudança na sentença, o advogado dos familiares, Wilson Wynne de Oliva Mota, afirmou à imprensa que entrará com recurso até segunda-feira (6/10), e, se necessário, recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A justificativa para o veto ; já que exitem outras publicações sobre o cangaceiro ; seria que a obra de Pedro de Morais ;invade a privacidade da família;, ao invés de retratar a história de Lampião.

Outros episódios
Em 2013, o debate sobe biografias não-autorizadas voltou com força total após a criação do grupo Procure Saber, liderado pela empresária Paula Lavigne, e que tem como membros Caetano Veloso, Djavan e outros artista. O movimento informal de estrelas da música brasileira nasceu com a posição taxativa de manter a exigência de autorização prévia para biografias.

A primeira grande crise do grupo veio em novembro, com a saída de Roberto Carlos. Porém, a desistência do Rei foi só uma amostra dos conflitos internos do grupo, que também contou com um pedido de desculpas de Chico Buarque para Paulo César Araújo, autor do livro Roberto Carlos em detalhes (biografia tirada de circulação após disputa judicial).

Em um primeiro momento, Chico disse nunca ter dado entrevista para a publicação. Após ser desmentido com vídeos e fotografias, o cantor e compositor carioca assumiu a conversa com Paulo César e se retratou.

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