O cantor e multi-instrumentista Prince nunca deixou a música de lado. O artista se manteve na ativa, de uma forma ou de outra, desde a década de 1980, quando alcançou status de estrela mundial por conta de Purple rain. O sucesso, no entanto, nem sempre o acompanhou. E ele não parece lá muito preocupado. A música em si é o principal vetor na carreira de Prince.
Ao longo dos anos, ele lançou obras-primas do pop, mas igualmente trabalhos descartados pelo público e considerados irrelevantes. Art official age e PlectrumElectrum lançados simultaneamente, semana passada, mostram que o cantor e guitarrista reatou a relação com a crítica especializada. Os dois trabalhos são resultado de um infindável processo de transformação, repletos de erros e acertos. Depois de 10 anos longe das paradas de sucesso, Prince voltou a acertar.
[SAIBAMAIS]Art official age e PlectrumElectrum marcam o retorno do artista à gravadora Warner, depois de 18 anos longe da casa. Uma grande ironia, já que Prince declarou o descontentamento com a Warner, nos anos 1990, e chegou a culpar a empresa por alguns fracassos comerciais. Na época, Prince surgiu em público com a palavra slave (escravo, em inglês) escrita no rosto, de forma a criticar o tratamento sob o qual era supostamente submetido pela empresa.
Aparentemente, a mágoa foi superada. E a criatividade voltou a aflorar. ;Finalmente, fiz algo coeso;, comentou o próprio Prince, em entrevista à imprensa inglesa. Enquanto Art official age favorece o trabalho solo do artista e abusa da black music, PlectrumElectrum registra a parceria com a banda feminina de rock 3rd Eye Girl, com a qual vem excursionando.
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