Nahima Maciel
postado em 06/10/2014 08:14
A arquitetura não pode mais ignorar a relação entre a natureza, o comportamento humano e as leis da física. Entre as urgências da globalização, a necessidade de integrar a maneira de o homem viver aos modos de vida da fauna e da flora do planeta é questão de sobrevivência, por isso o arquiteto croata Marko Brajovic, radicado em São Paulo há oito anos, levou para a equipe de seu ateliê a ideia de que todo projeto precisa estar ancorado em três perspectivas: a fenomenológica, a biomimética e a comportamental.
[SAIBAMAIS]É um pouco sobre essa combinação e os projetos dela resultantes que ele fala nesta segunda-feira (6/10) na palestra Jiu-Jítsu cultural: design, promovida pelo projeto Retrato Brasília, uma parceria do Correio Braziliense com o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) que pretende traçar o perfil do consumidor, do produtor e do criador de cultura na cidade. A crítica de arte Camila Belchior, diretora de inovação da revista Bamboo, também é palestrante na programação de hoje do Retrato Brasília.
Brajovic desembarcou no Brasil pela primeira vez há uma década. Vinha com intenções bastante definidas: realizar palestras em escolas de arquitetura da capital paulista a convite do Instituto Europeu de Design de São Paulo e visitar a Amazônia. Na época, ele já pesquisava as soluções tecnológicas de moradia das comunidades ribeirinhas amazônicas, um povo capaz de construir casas flutuantes adaptadas aos fluxos das marés.
Encantado com o Brasil, Brajovic, então radicado em Barcelona, decidiu aceitar o convite para dirigir o departamento de design industrial do Instituto Europeo de Design e se mudou para São Paulo, onde montou um ateliê especializado em produtos que levem em conta a relação do homem com a natureza. Do escritório de Brajovic saíram projetos como Stanley Kubrick e David Bowie, exposições que, juntas, levaram mais de 160 mil pessoas ao Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS).
Retrato Brasília ; Jiu-Jítsu Cultural: Design
Palestra com Marko Brajovic e Camila Belchior. Segunda-feira, às 19h, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB ; SECS Trecho 2 Lote 22).
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