postado em 11/10/2014 08:01
Davi, João, Helena e Isa tinham acabado de chegar ao mundo quando o cantor e compositor Renato Russo morreu, em 1996. Naquele mesmo ano, eles nasceram. Há exatos 18 anos, o país perdia um dos ícones do rock nacional. Vítima de complicações oriundas do vírus da Aids, o líder da Legião Urbana faleceu aos 36 anos, no Rio de Janeiro. A partida de Renato e o término da banda, no entanto, não impediram a continuidade de um legado de 20 milhões de discos, moldado por hinos como Faroeste caboclo, Tempo perdido e Eduardo e Mônica. Foi nos fãs que Renato encontrou uma sobrevida.
;Eu achava Legião Urbana um saco. A voz de Renato me irritava, as letras não faziam sentido e as músicas me deixavam para baixo;, conta João Paulo Florêncio. As lembranças da infâncias relacionadas a Renato não são das mais animadas. ;Lembro-me do meu pai colocando Quase sem querer no carro. Ele e minha irmã iam cantando que nem dois malucos. Eu só fazia resmungar;. João tinha 10 anos, nessa época. Hoje, aos 18, a história lhe faz rir. Renato o conquistou. ;Para todo momento e fase, há uma música da Legião que se enquadra;, aponta.
[SAIBAMAIS]Vocalista de uma banda de rock, além de estudante, João adotou Renato como referência. ;Invejo a Brasília em que os shows aconteciam no meio das quadras residenciais. Isso era incrível. Renato comandou esse movimento;, elogia o jovem, que chega a propor uma comparação em tom efusivo: ;Se lá fora eles tiveram Kurt Cobain, aqui tivemos Renato Manfredini Júnior!” Claro, a canção favorita de João é justamente Quase sem querer. Ironias musicais da vida.
Teatro
Helena Dupin foi mais uma seduzida pelos acordes e, principalmente, pela longa letra de Faroeste caboclo. Quando desembarcou em Brasília, há sete anos, foi por meio dessa canção que se aproximou de Renato e da Legião. A relação se estreitou no ensino médio, quando Helena participou de uma montagem de teatro baseada na obra do compositor. ;Tivemos até algumas cenas censuradas. A cara de Renato;, lembra a moça de 18 anos, que frequenta a Universidade de Brasília (UnB). Segundo Helena, a força das canções é atemporal. ;Da mesma maneira que os jovens daquela época, hoje adultos, identificaram-se com a música de Renato, os jovens de hoje também o fazem. Os assuntos seguem pertinentes;.
Normalmente, eu participo de algumas das inúmeras homenagens que os fãs realizam por todo o país. Este ano, acontecerão vários desses ;encontros legionários;, que celebram as músicas do meu pai e buscam manter vivo o acervo da Legião Urbana. Esses encontros contam com todo o meu apoio. E para tornar a obra ainda mais acessível, estou lançando, hoje, a Rádio Intérprete, que tocará músicas do Renato na voz de outros artistas. As canções estarão disponíveis no site oficial (www.renatorusso.com.br).
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