Rebeca Oliveira
postado em 12/10/2014 08:03
Até o início do ano que vem, definitivamente, Zeca Baleiro terá uma agenda agitada. Novo livro, musical sobre Nelson Rodrigues, DVD em que canta músicas de Zé Ramalho, além do lançamento de álbum e DVD infantil. Em meio a inquieta rotina, o cantor, escritor e compositor conversou com o Correio sobre os projetos mais recentes: o terceiro livro, A rede idiota e outros textos, lançado em setembro, e o disco Zoró [bichos esquisitos] Vol. 1, que chega às lojas esta semana. Conseguir tempo para se dedicar a tantos projetos, segundo ele, não é tarefa das mais complicadas. ;Tempo a gente acha quando faz algo com prazer ; esta frase poderia ser de uma garota de programa, mas é minha;, diverte-se.
[SAIBAMAIS]Compilação de crônicas e artigos escritos por Zeca Baleiro de 2008 a 2013, A rede idiota; é dividido quatro partes, que reúnem crônicas, reflexões sobre música, conversas francas sobre temas aleatórios e textos encomendados por jornais brasileiros. Ele garante ; o título do livro nada tem a ver com a relação que mantém com a internet e as mídias digitais.
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Muita gente acredita que a crônica pode ser futuro da literatura, por permitir uma leitura mais solta, desprendida e veloz. Há também quem defenda que a salvação da literatura é a internet. Você concorda?
Acho que, na nossa época digital e dispersiva, os textos curtos saem na frente: crônicas, contos, ensaios. Mas a salvação da literatura é a educação, e nesse processo a internet pode ser muito importante. Acha bacana o recurso do e-book, mas, na minha opinião, nada substitui o livro.
Seus textos revelam, simultaneamente, sensibilidade e conhecimento do meio em que trabalha. Algum autor, em especial, o ajudou a criar este estilo? Quais seus autores favoritos?
Li muitos livros de crônicas entre a infância e a adolescência, foi minha iniciação ; havia uma coleção da Editora Ática chamada Para gostar de ler, com textos de Paulo Mendes Campos, Rubem Braga, Fernando Sabino. Meus pais compravam para eu e meus irmãos lermos. Depois, fui descobrindo as coisas por conta própria e por influência dos amigos mais velhos. Albert Camus, que me fez um estrago danado, Ítalo Calvino, romancistas brasileiros, mais poesia beatnik, geração mimeógrafo;
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