Diversão e Arte

Coletivos de DJs invadem as pistas de dança de Brasília

Além de tocar em festas, os artistas promovem eventos culturais que movimentam a cena da capital

Adriana Izel
postado em 14/10/2014 08:03
Nagô, Pezão, Rud Boing, Felipe Romero, Barata e DJ Pequi são os integrantes e parceiros do Criolina

Há algum tempo, é comum encontrar no line-up das festas da cidade nomes de projetos envolvendo grupos de DJs. Os coletivos reúnem os artistas para discotecar nas baladas e, mais do que isso, propor uma diversidade musical e cultural na cena brasiliense.



[SAIBAMAIS]Um dos primeiros a surgir na capital foi o Criolina. O grupo possui mais de 10 anos de história e foi criado após uma ideia de Rodrigo Barata. Em seguida uniram-se ao projeto Tiago Pezão e Rafael Oops, que fazem parte do trio oficial. ;Trabalhamos juntos como DJs desde 2004 com o objetivo de valorizar a música brasileira. Com o passar dos anos, o Criolina se desdobrou. Hoje somos DJs e produtores. Além de tocarmos, fazemos curadoria para vários eventos;, explica Rodrigo Barata.

Durante muito anos, o coletivo comandou a programação de segunda-feira no Bar do Calaf, no Setor Bancário Sul. Hoje, eles possuem uma festa, um bloco carnavalesco ; o Aparelhinho ;, um programa na Rádio Nacional, projetos de inclusão social, como oficinas de DJs em abrigos e cidades satélites; além de serem responsáveis pela organização de eventos em Brasília. ;Fazemos uma mistura do que a gente acha interessante. A nossa função não é só de fazer uma pista que movimenta a festa, mas de apresentar coisas novas para a cidade, ter uma pluralidade de ideias criativas;, completa Barata.

Troca de ideias

Para fazer o que eles chamam de ;bagunça produtiva;, o Criolina ainda conta com vários parceiros. São mais de cinco DJs que se unem ao projeto como forma de agregar ideias e também de inserir o profissional em diversos âmbitos. ;Muita gente vem nos dizer: ;nossa, se eu tivesse esse time, tudo seria mais fácil;. O pensamento em grupo é fundamental para o sucesso. Temos essa coisa de agregar, de pensar no coletivo e buscar sempre mais parceiros. A ideia é colocar o DJ na rua e dentro da história;, defende Rodrigo Barata.

Conheça mais sobre os outros coletivos

Bolachas Borrachas

Antes apenas parceiro do Criolina, há dois anos, Felipe Romero possui o próprio coletivo. Ele é um dos integrantes do Bolachas Borrachas ao lado de Thiago Freitas e Gabriel Hargreaves. O projeto surgiu depois de constantes dobradinhas com Thiago Freitas, que era DJ solo. ;Ele fazia uma noite com vinil e eu sempre levava discos. Como forma de oficializar a parceria e também promover minha loja (um estabelecimento especializado em vinil), criamos o coletivo;, afirma Romero.

Em seguida, o Bolachas Borrachas virou fixo na agenda de quarta-feira do Loca Como Tu Madre, na 306 Sul, com repertório de música brasileira e black music tocado com vinil, e também é responsável por uma feira de discos, que já teve quatro edições e deverá ter outra em dezembro. ;Acho que o mais importante de ser um coletivo é ter essa noção de que não tem só uma pessoa especial. É um grupo que facilita a fomentar à cultura e ainda permite que a gente esteja em vários lugares ao mesmo tempo;, diz Romero.

Fuzuê DJs

Alguns projetos de DJs não chegam a se denominar coletivos, mas têm a mesma proposta. É o caso do Fuzuê DJs com Gabriel Borges, Túlio Bueno, Leandro de Morais e Sarah Cortez. Eles formaram o quarteto há dois anos de forma inusitada. Leandro e Sarah foram convidados para tocarem juntos em uma festa, no meio da apresentação Gabriel e Túlio subiram no palco e ajudaram a comandar a picape. ;Depois disso sempre que um ia tocar os outros sempre estavam. Daí surgiu a ideia do Thales Sabino, da Victoria Haus, que a gente formasse o Fuzuê. A partir disso, criou-se oficialmente o grupo;, conta Gabriel Borges.

Desde então, os quatros estão juntos no projeto, que já fez apresentações em diversas festas da cidade e faz parte do elenco das noites da Victoria Haus, no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte. ;É muito mais animado. Existe uma empolgação maior tanto para gente quanto para a plateia;, acrescenta Borges.

Axé, funk e pop são os gêneros que estão no repertório dos DJs. ;Cada um segue mais uma linha e no Fuzuê a gente faz um mix. Sempre pesquisamos as músicas antes, mas o nosso som tem muito a ver com o que a gente está sentindo da pista de dança;, conta.

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